Aquecimento global pode estar matando abelhas por problemas respiratórios
Grandes e peludas, essas abelhas têm hábitos solitários e formam ninhos que podem ser subterrâneos ou em troncos de árvores.
Os pesquisadores observaram abelhas rainhas de diferentes tipos de abelhões, e as submeteram a testes de aclimatação. Variando entre 18ºC e 30ºC, os pesquisadores coletaram informações sobre a respiração e perda de líquidos das abelhas.
Eles observaram que em temperaturas mais amenas, as abelhas respiravam apenas uma vez a cada hora. Já em temperaturas elevadas, as coisas mudaram bastante.
O Abelhão Oriental Comum (B. impatiens) passou a respirar uma vez a cada 10 minutos. E para surpresa de todos, o Abelhão preto e dourado (Bombus auricomus) passou a respirar uma vez por minuto!
Respirando mais rápido, as abelhas gastam mais energia e morrem de forma precoce.
O estudo demonstrou duas vias importantes de observação. Primeiro que quanto mais rápida e superficial a respiração, mais rápida é a morte das abelhas.
Os pesquisadores explicam que essa relação entre a hiperventilação e a morte pode acontecer devido ao gasto energético para metabolização do oxigênio extra.
O segundo ponto é a sensibilidade às mudanças de temperatura. Embora todas as abelhas sejam afetadas, algumas sofrem mais, abreviando sua já curta vida.
Os abelhões vivem, em média, 28 dias.
Devido a essa sensibilidade às mudanças de temperatura, para os pesquisadores o aquecimento global é uma ameaça em potencial para a sobrevivência das abelhas.
Esse é um fator alarmante e necessita ser mais estudado, pois como principais insetos polinizadores, o desaparecimento desses animais afetaria toda a vida na Terra.
O estudo irá continuar e os cientistas esperam compreender melhor como o aquecimento global tem contribuído para o desaparecimento das abelhas.
Por Mega Curioso