Drones coletam DNA de árvores para monitorar a biodiversidade
Pesquisadores do Instituto Federal de Tecnologia de Zurich, na Suíça, desenvolveram um drone que consegue coletar amostras de DNA em árvores de difícil acesso. O aparelho tem a função de monitorar a biodiversidade de florestas — não necessariamente das plantas em si, mas dos animais que passam por elas.
Para solucionar esse problema, pesquisadores suíços se juntaram à companhia SPYGEN para desenvolver um drone capaz de realizar tal coleta. Equipado com fitas adesivas, o veículo foi construído para pousar autonomamente nos galhos e permanecer estável durante a coleta, seja qual for a espessura ou rigidez da estrutura.
Programá-lo para isso foi o maior desafio dos pesquisadores, mas o resultado já foi testado em árvores de sete espécies diferentes, conseguindo o material de 21 grupos distintos de organismos — mamíferos, aves e insetos estão entre eles.
Os próximos passos envolvem o aprimoramento do drone a fim de coletar o maior número possível de amostras em uma área de 100 hectares em Singapura, no período de 24 horas. Idealmente, isso significa o pouso em 10 árvores ao longo de um dia. Os testes iniciais levaram três dias para conseguir amostras em sete árvores.
Além disso, o ambiente chuvoso de uma floresta como a de Singapura oferece mais desafios, como fortes chuvas que, além de dificultar o voo, podem apagar os vestígios genéticos que o drone procura.