Mudanças climáticas tornam fungos mais resistentes e letais, alertam especialistas
No dia 1 de setembro de 2023, uma série de informações relevantes foram coletadas sobre um determinado assunto. Essas informações serão apresentadas de forma clara e imparcial neste artigo, com o objetivo de fornecer um panorama geral sobre o tema em questão.
Ao longo dos próximos parágrafos, serão apresentados dados e informações que ajudarão o leitor a compreender melhor o assunto em discussão. Todas as informações foram cuidadosamente selecionadas e organizadas de forma a proporcionar uma leitura fluida e esclarecedora.
Substituição de fungos em temperaturas maiores pode aumentar a patogenicidade
De acordo com João Nóbrega de Almeida Júnior, médico infectologista da USP, as mudanças climáticas estão causando uma substituição dos fungos que crescem em temperaturas menores para aqueles que crescem em temperaturas maiores. Esses fungos são potencialmente patogênicos e podem causar doenças em seres humanos. A lista divulgada pela OMS em 2022 aponta para a existência de pelo menos sete fungos de prioridade alta que afetam especialmente os países mais quentes. Há evidências de que a distribuição geográfica desses fungos está aumentando devido às mudanças climáticas.
Espalhamento pelo planeta
O aumento da temperatura global tem mudado a relação dos fungos com o corpo humano, tornando alguns tipos de fungos mais resistentes e letais. Normalmente, os seres humanos têm uma vida livre de infecção fúngica, pois a maioria dos fungos no ambiente cresce a temperaturas abaixo de 30 graus, e os fungos que só crescem em temperaturas abaixo de 35 graus são barrados pelo corpo humano. No entanto, com a mudança climática, está havendo uma substituição desses fungos que crescem em temperaturas menores para aqueles que crescem em temperaturas maiores e esses fungos são potencialmente patogênicos.
De acordo com João Nóbrega de Almeida Júnior, médico infectologista, o aumento da temperatura vai favorecer mutações no genoma do Cryptococcus, de maneira que ele pode se tornar mais resistente e mais virulento, mais resistente aos antifúngicos ou tratamentos, com uma capacidade maior de infectar as pessoas. O artigo da Universidade Duke contribui com hipóteses que chamam a atenção para o problema, apesar de ainda ter um caráter experimental.
A adaptação dos fungos às mudanças climáticas pode resultar no surgimento de novas espécies ou espécies adaptadas de fungos, o que traria implicações para a saúde, para a biodiversidade e para a segurança alimentar. É importante monitorar as mudanças nos padrões de infecção fúngica e desenvolver estratégias para prevenir e tratar essas infecções.
Mudanças Genéticas
Em um estudo realizado pela Universidade Duke, foi descoberto que as mudanças climáticas estão tornando os fungos patogênicos mais resistentes devido à aceleração de suas mutações genéticas. Essas mudanças genéticas são causadas por elementos transponíveis chamados de transposons, que se deslocam pelo genoma do fungo e se inserem em importantes regiões e genes. Dependendo do local em que os transposons se alocam, eles podem causar resistência aos tratamentos, silenciar ou hiper expressar genes.
Além disso, as proteínas importantes, como as heat-shock proteins, também contribuem para a ocorrência de mutações. Essas proteínas são expressas com o aumento da temperatura e mudam a transcrição de proteínas e fatores de virulência dos fungos.
No entanto, nem todos os fungos sobrevivem a essas mudanças genéticas. Algumas mutações podem ser deletérias e matar o microrganismo, enquanto outras podem torná-lo mais adaptado e causar problemas. Portanto, o aumento da resistência não é um fenômeno esperado para a maioria das populações fúngicas.
Em resumo, as mudanças climáticas estão acelerando as mutações genéticas dos fungos patogênicos, tornando-os mais resistentes aos tratamentos. Essas mudanças são causadas por elementos transponíveis e proteínas importantes que alteram a expressão genética dos fungos. No entanto, nem todos os fungos sobrevivem a essas mudanças genéticas.
Entender o comportamento dos fungos
A resistência de fungos patogênicos a antifúngicos é uma preocupação crescente entre especialistas e pesquisadores da área. O Candida auris é um dos fungos de prioridade crítica na lista da OMS e tem afetado diferentes regiões do Brasil. A atuação multidisciplinar com as autoridades, pesquisadores locais, o Ministério da Saúde e a agência de vigilância sanitária têm sido eficazes no controle desses surtos.
Para continuar o enfrentamento de infecções fúngicas cada vez mais frequentes, é necessário aumentar o volume de pesquisas na área, monitorar a ocorrência desses casos e trabalhar no desenvolvimento de novos medicamentos. Já existem novos antifúngicos em pesquisa, que devem estar disponíveis em cinco ou 10 anos. É importante que os laboratórios do país identifiquem bem os fungos e consigam reconhecer quando há uma Candida auris no hospital. Além disso, é necessário analisar a ação dos antifúngicos contra o fungo que está causando infecção no paciente.
O ambiente hospitalar não é o único que deve ser monitorado. A natureza também é local de incidência de infecções fúngicas. Na agricultura, há o uso constante de antifúngicos para matar pragas, o que pode levar ao surgimento de fungos resistentes. Portanto, é importante monitorar a ocorrência desses casos na natureza e desenvolver novas estratégias para o controle desses fungos.
A tabela abaixo resume os principais pontos a serem considerados para entender o comportamento dos fungos:
Pontos a serem considerados |
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A resistência de fungos patogênicos a antifúngicos é uma preocupação crescente |
A atuação multidisciplinar é eficaz no controle de surtos |
É necessário aumentar o volume de pesquisas na área |
Já existem novos antifúngicos em pesquisa |
É importante identificar bem os fungos e analisar a ação dos antifúngicos |
A natureza também é local de incidência de infecções fúngicas |
É importante monitorar a ocorrência desses casos na natureza |
É necessário desenvolver novas estratégias para o controle desses fungos na natureza |
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