Horta orgânica toma conta de empresas norte-americanas
O cenário é comum: escritórios das empresas cheios de computadores, papéis, mesas, cadeiras, trabalhadores concentrados e, às vezes, até estressados com tanto trabalho a ser feito. O que surpreende é o que se encontra na parte de trás dos edifícios: espaços verdes, cheios de plantações.
Essa é uma tendência nas grandes empresas norte-americanas, que estão investindo nas hortas orgânicas como meio de promover uma alimentação mais saudável nas companhias, além de distração para a mente dos colaboradores.
Os trabalhadores podem cultivar seus legumes, verduras e frutas nas corporações e levar a colheita para casa. O diretor de pesquisa da Associação Norte-americana de Jardinagem, Bruce Butterfield, afirmou que é um novo entusiasmo. “É como se eles reconhecessem que os tempos estão difíceis e oferecessem essa alternativa para melhorar a qualidade de vida”, diz.
Em algumas empresas, uma parte do que é colhido abastece o mercado das cidades. Até fábricas multinacionais de carros estão disponibilizando áreas para plantação. “É um trabalho, mas é diferente do que estamos acostumados a fazer todos os dias”, comenta uma colaboradora.
Essa prática está se refletindo nas cantinas. O cardápio inclui vegetais e frutas orgânicas colhidas nas hortas das próprias companhias. Outra contribuição é com a interação dos colaboradores, que, quando estão cultivando, conversam e se respeitam, mas sem hierarquias. “Todos estão no mesmo nível quando estão no jardim” conclui Sheila Gardner, gerente sênior da Pepsi.
Para o professor Shiro Miyasaka , essa iniciativa reflete princípios da agricultura orgânica e pode trazer benefícios aos participantes. “A agricultura sustentável deve encarar o homem como o seu maior patrimônio e investir nele. Esse investimento traz benefícios incalculáveis a toda a sociedade”, afirma o professor.
Em alguns casos, os colaboradores já estão pedindo pela implantação da horta. De acordo com pesquisas da Associação Norte-americana de Jardinagem, o cultivo de frutas e vegetais nos EUA cresceu 13% em relação ao último ano.
Fonte: CPT