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Descoberto peixe chinês que não tem escamas

Descoberto peixe chinês que não tem escamas
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Segundo os cientistas, a falta de escamas é uma adaptação evolutiva do habitat em cavernas

 

Por Pablo Nogueira

 

Em uma caverna na província de Guizhou, na China, cientistas descobriram uma nova espécie de peixe-dourado sem escamas. Os cientistas revelam que descobriram o peixe durante pesquisas entre 2012 e 2020, conforme um estudo publicado no final de fevereiro. A nova espécie recebeu o nome Sinocyclocheilus xingrenensis, ou “peixe-dourado de Xingren”, em homenagem à cidade onde fica a caverna. Aliás, o habitat cavernoso explica porque o peixe chinês não tem escamas, que os cientistas consideram como uma oportunidade única para estudar a evolução em habitat isolado.
Isso porque o peixe apresenta uma adaptação gradual ao ambiente escuro das cavernas, habitat exclusivo da espécie, segundo os cientistas. No estudo, os cientistas separaram a nova espécie de outros peixes do gênero Sinocyclocheilus com base em análises genéticas.

Por que o peixe chinês não tem escamas?
A maioria dos peixes Sinocyclocheilus vivem em cavernas no sudeste da China, mas a espécie sem escamas é maior e apresenta um número diferente de raias que formam suas nadadeiras. A ausência de escamas é uma adaptação evolutiva dos peixes que habitam cavernas, mas os olhos do peixe chinês revelam que a espécie mudou de habitat recentemente.

De acordo com o estudo, animais que habitam cavernas apresentam olhos pequenos, mas o peixe sem escamas possui olhos consideravelmente grandes para a espécie. Tal diferença indica que a presença do peixe em cavernas seja relativamente recente.

Desse modo, o peixe continua em processo de adaptação ao novo habitat e a perda de escamas não é uma “ocorrência muito antiga”. Segundo o estudo, o fenômeno data do período Pleistoceno, entre 2,6 milhões e 11 mil anos atrás.
Análises genéticas dos peixes da espécie indicam que “a maioria dos peixes de cavernas habita esses ecossistemas há pouco mais de alguns milhões de anos”. No entanto, os cientistas afirmam que o “caminho evolutivo” do peixe pode mudar. Apesar de recém-descoberto, o peixe já está ameaçado de extinção.

Embora a população dessa nova espécie não seja extremamente pequena, seu habitat fica no centro de uma vila, tornando-o suscetível a alterações pelas ações humanas. Além disso, com o potencial de urbanização da vila, há um risco significativo de degradação desse habitat em um futuro próximo”, afirma o estudo.

 

 

Fonte: Giz Brasil

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Trajano Xavier

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