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Quênia produz o primeiro Censo de Vida Selvagem para criar estratégias de conservação

Quênia produz o primeiro Censo de Vida Selvagem para criar estratégias de conservação
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Famoso por suas áreas protegidas e por sediar o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), o Quênia, na África Oriental, está realizando seu primeiro levantamento nacional sobre a vida silvestre. O censo englobará tanto os animais silvestres terrestres quanto os aquáticos. O lançamento ocorreu no início do mês (07) e terminará em julho. A coleta de dados é importante para criação de políticas públicas de preservação dos animais selvagens, principalmente daqueles em risco de extinção.

A contagem está sendo feita por guardas-parques, pesquisadores e membros da comunidade. Financiado pelo Governo do Quênia e executado pelo Ministério de Turismo e Vida Selvagem, Serviço de Vida Selvagem do Quênia (KWS) e Instituto de Pesquisa e Treinamento da Vida Selvagem, o censo é realizado dentro das áreas de conservação e nos principais condados ricos em animais selvagens.

“É importante realizar esta Pesquisa Nacional para estabelecer uma base de dados e distribuição para uso futuro para entender as tendências da população de vida selvagem e mudanças em sua distribuição”, disse Najib Balala, secretário de gabinete de Turismo e Vida Selvagem, durante o lançamento oficial do censo, na Reserva Nacional Shimba Hills, localizado no condado de Kwale.

A coleta se concentrará na contagem de espécies ameaçadas, como o pangolim, e o antílope negro, dos quais menos de 100 permanecem no Quênia. A expansão dos assentamentos humanos, a mudança climática, que torna os recursos mais escassos e a caça ilegal contribuíram para o declínio das populações de vida selvagem. As populações de girafas no Quênia caíram cerca de 40% nos últimos 30 anos, de acordo com a Africa Wildlife Foundation.

Alguns dos animais mais vulneráveis do Quênia, incluindo rinocerontes e elefantes, são contados periodicamente. Mas será a primeira vez que os animais serão contados sistematicamente em todas as áreas do país. “Sabemos que há grandes lacunas. Provavelmente não sabemos muito sobre o que está acontecendo no norte do Quênia”, disse Winnie Kiiru, presidente interino do Instituto de Treinamento de Pesquisa da Vida Selvagem do Quênia.

Texto originalmente publicado em ((o))eco.

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Trajano Xavier

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