Os sapos do tamanho de uma moeda que Brasil pode perder antes mesmo de conhecer
O sapinho-da-restinga é menor do que uma moeda e, até onde se sabe, só existe dentro de um parque estadual da cidade de Guarapari, no litoral do Espírito Santo. O minúsculo anfíbio, de menos de 2cm, foi descoberto em 2006 pelo biólogo Pedro Peloso e descrito em artigo científico seis anos depois.
Ainda assim, pouco se conhece até agora sobre o melanophryniscus setiba (seu nome científico), para além do fato de sua condição ser extremamente frágil.
Desde 2014, o sapinho-da-restinga figura na lista de espécies de anfíbios ameaçadas de extinção, na categoria de criticamente sob perigo.
“Ele só é conhecido em uma localidade, cercada de desenvolvimento urbano. Qualquer distúrbio no ambiente, como um fogo fora de controle, pode levá-lo à extinção”, explica Peloso à BBC News Brasil.
A perda de habitats, o desmatamento, as queimadas e o aquecimento global são ameaças, direta ou indiretamente, a muitas formas de vida do planeta. Mas anfíbios anuros, como o sapinho-da-restinga e demais sapos, rãs e pererecas, são particularmente sensíveis a pequenas mudanças de temperatura, a parasitas ou alterações nos locais onde vivem.
Fonte: Ambiente Brasil