A Sociedade de Conservação da Vida Selvagem divulgou as primeiras imagens de um grupo de gorilas-do-rio-cross nas montanhas Mbe, Nigéria
A Sociedade de Conservação da Vida Selvagem (WCS, na sigla em inglês) divulgou as primeiras imagens feitas de um grupo de gorilas-do-rio-cross (Gorilla gorilla diehli) com seus filhotes nas montanhas Mbe, sudeste da Nigéria. Esta espécie de primata é uma das mais ameaçadas de extinção: estima-se que apenas 300 indivíduos vivam na área fronteiriça entre Nigéria e Camarões.
Geralmente, os biólogos encontram bandos destes gorilas através da detecção de ninhos, esterco e até trilhas de alimentação dos animais. Desta vez, entretanto, o grupo foi descoberto graças a uma armadilha fotográfica presente nas montanhas nigerianas.
“É extremamente emocionante ver tantos jovens gorilas-do-rio-cross, pois é um sinal encorajador de que esses gorilas agora estão bem protegidos e se reproduzem com sucesso após décadas anteriores de caça”, afirmou Inaoyom Imong, diretor do WCS na Nigéria, em comunicado. “Embora os caçadores na região não possam mais atacar os gorilas, a ameaça da caça permanece e precisamos continuar melhorando a eficácia de nossos esforços de proteção”.
Na última década, os gorilas da espécie foram vistos poucas vezes — e mais raro ainda foi o registro de filhotes e “adolescentes” da espécie, o que torna as novas fotos ainda mais especiais para os pesquisadores. Segundo eles, a presença de gorilas mais jovens sugere que as iniciativas de conservação da espécie estão dando certo, pois os animais estão se reproduzindo.
“Ver isso hoje reacende minha esperança de que nossas comunidades se beneficiarão do ecoturismo no futuro. Vamos fortalecer ainda mais nossas leis locais para proteger os gorilas-do-rio-cross nas montanhas Mbe”, afirmou Otu Bernard Eban, chefe do clã do Abo Clan, que mora naquela região da Nigéria. “Desejamos aproveitar esta oportunidade para pedir apoio aos nossos parceiros para encontrarmos alternativas econômicas sustentáveis à caça da carne de animais silvestres e outras atividades que destroem nossa floresta”.
Fonte: Revista Galileu