Medicamentos comuns poluem rios em todos os continentes, afetando a natureza e a resistência a antibióticos
O rio Yamuna, em Nova Delhi, foi um dos rios amostrados para determinar quais produtos farmacêuticos podem estar causando poluição — Foto: Sonu Mehta/Hindustan Times
Mas a maioria das pesquisas sobre contaminantes farmacêuticos foi feita na América do Norte, Europa e China e examinou apenas um pequeno subconjunto de compostos. Os estudos também usam uma variedade de métodos de amostragem e análise, dificultando a comparação dos resultados. Tais limitações significam que os cientistas podem estar perdendo uma grande peça do quebra-cabeça da poluição, informa a Scientific American.
Um novo artigo publicado na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences fornece uma visão mais abrangente. Uma rede de 127 cientistas coletaram amostras em 258 rios de 104 países para 61 produtos químicos diferentes, produzindo “uma espécie de ‘impressão digital farmacêutica’ de quase meio bilhão de pessoas em todos os continentes do mundo”, conforme o autor principal do estudo, John L. Wilkinson, um químico ambiental na Universidade de York, na Inglaterra.
No geral, o estudo mostra que “mais desse tipo de avaliação global da poluição aquática” é necessária, principalmente para outros produtos químicos que representam um risco maior para a saúde humana.