Empresa está usando drones para replantar florestas devastadas por incêndios florestais

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Estados Unidos, Austrália, Ártico Siberiano e até mesmo o Pantanal brasileiro sofreram com incêndios florestais em 2020. Pesquisas mostram que a última temporada de incêndios pelo mundo foi a maior em escala e em emissões de CO2 em 18 anos. Mas a empresa DroneSeed, sediada em Seattle – Estados Unidos, encontrou uma solução rápida e eficaz para levar a vida de volta a estas áreas devastadas. Com drones 2,5 metros voando juntos em rotas pré-programadas, a empresa está replantando florestas devastadas por incêndios florestais em uma velocidade recorde.

Somente em 2020 os Estados Unidos perderam cerca de 8 milhões de acres de terra devido aos incêndios. Se não fosse a tecnologia, a regeneração das florestas levaria anos e envolveria centenas de pessoas. Os droneseeds são capazes de cobrir uma área de 50 acres por dia, o que representa uma velocidade 6 vezes mais rápida quando comparada ao plantio tradicional.

A empresa já está reflorestando áreas imensas nos estados da Califórnia e Oregon. No entanto, especialistas dizem que apesar do método ser mais barato e fácil do que o plantio manual tradicional, ele pode não ser tão eficaz. “Cultivar mudas em viveiros e plantá-las manualmente sempre terá uma taxa de sucesso muito maior do que a semeadura aérea, mas é muito mais caro”, explica Ralph Schmidt, professor do Instituto da Terra da Universidade de Columbia. Segundo ele, o segredo do sucesso é selecionar a espécie certa de semente e o lugar certo para arremessá-la.

Os pacotes lançados pela empresa consistem em uma combinação de fertilizantes, nutrientes e agentes de prevenção de pragas que ajudam as sementes a criar raízes com mais eficácia. Isso sem contar que as sementes são à prova de esquilos ou outros animais que poderiam impedir o reflorestamento. “Queremos que as sementes não sejam comidas, então … pimenta super picante é um dos ingredientes. Os esquilos comem, eles entendem a mensagem e ficam tipo ‘não, obrigado’”, reitera Schmidt.

A empresa usa uma tecnologia de detecção usada por carros autônomos para mapear o mundo ao seu redor, e assim criar um modelo 3D do terreno. O resultado é acoplado a sensores que medem a diferença entre áreas de cascalho e locais com solo mais saudável, o que também faz toda a diferença.