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Aves de rapina triunfam após chegarem à beira da extinção, e webcams mostram isso ao vivo

Aves de rapina triunfam após chegarem à beira da extinção, e webcams mostram isso ao vivo
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Águias-pescadoras monitoradas em reserva britânica. Ninho tem câmera que transmite imagens online. — Foto: Reprodução

No Reino Unido, águias e outras aves de rapina que estiveram à beira da extinção estão voltando a se reproduzir na natureza, e com um detalhe tecnológico: muitos de seus ninhos possuem câmeras que transmitem online e ao vivo a evolução destes animais.

O falcão peregrino e a águia-pescadora são exemplos. Pássaros perseguidos por caçadores, ou ainda exterminados em massa devido à proliferação de agrotóxicos, hoje eles voltam a triunfar nos céus britânicos, e no caso dos peregrinos, fazem parte das paisagens urbanas de grandes centros como a capital inglesa, Londres.

O que começou durante a pandemia como uma forma alternativa de ver e vigiar pássaros na vida real se tornou uma “obsessão nacional”, relata o jornal The Guardian, com quase 30 webcams ao vivo apenas em ninhos de peregrinos. “Quando os filhotes estão prestes a deixar seus ninhos – o que está acontecendo agora em todo o Reino Unido, durante a primavera – pode ser particularmente emocionante se você observar todos os seus movimentos desde a eclosão”, comenta Ed Drewitt, autor de livros e pesquisador dos falcões peregrinos.

Águias-pescadoras voltaram a se reproduzir no Reino Unido na década de 1950, após um intervalo de quase 40 anos. Hoje existem cerca de 250 casais reprodutores catalogados, no País de Gales e na Inglaterra, bem como em sua “fortaleza” escocesa. O trabalho de reintrodução destes animais muitas vezes é feito por projetos ambientais locais patrocinados.

Perseguidos durante a Segunda Guerra Mundial por matar pombos que carregavam mensagens militares cruciais, os falcões peregrinos hoje se reproduzem aos montes em centros urbanos britânicos, após quase serem exterminados por pesticidas como o DDT.

Para estes falcões, uma igreja ou prédio de escritórios é o que os ecologistas chamam de habitat análogo: o equivalente urbano a um penhasco, o tipo de lugar favoritos destas aves, que lhes dá um lugar instalar seu ninho, uma vista panorâmica e acesso a comida, como pombos, periquitos e pequenos roedores.

O triunfo das aves de rapina tem também impacto financeiro sobre as comunidades. Segundo o Guardian, a receita estimada do turismo de águias na Ilha de Mull, na Escócia, é estimada entre £ 5 milhões e £ 8 milhões por ano (entre R$ 30 milhões e R$ 49 milhões), e criou 160 empregos na região.

Enquanto essas espécies se recupera, no entanto, outras vivem um declínio populacional, ou, como no caso das águias-de-cauda-branca, são alvo de caçadores e proprietários de fazendas que lucram promovendo a caça das perdizes, principalmente no norte da Inglaterra.
Fonte: Um Só planeta
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Trajano Xavier

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