A universidade que produz energia por meio das fezes dos alunos – e recompensa em dinheiro quem faz o número 2 no campus
Hoje em dia o cocô pode ser utilizado para várias coisas: descontaminação do solo, produção de móveis e, em breve, até como combustível para automóvel. Semelhante ao jovem de 17 anos que criou um sistema de abastecimento de fezes humanas, o professor Cho Jae-weon, da universidade sul coreana Ulsan National Institute of Science and Technology, implementou um sistema para abastecer os prédios da universidade com cocô.
O pesquisador de Engenharia Urbana e Ambiental conectou os sanitários a um laboratório que usa excrementos para produzir biogás. A tecnologia usa uma bomba de vácuo para enviar fezes para um tanque subterrâneo, evitando também a necessidade de água para que funcione. Lá, os microrganismos decompõem os resíduos em metano, que se torna uma fonte de energia para a edificação.
Até aí, nada novo no horizonte – afinal de contas, até o Brasil já está pilotando soluções parecidas desde o início de 2018. A grande inovação está na criação da moeda virtual que ‘bonifica’ os contribuintes. Cada pessoa que utiliza o banheiro ecológico ganha 10 Ggool, nome da moeda coreana. Os alunos então podem usar a recompensa para comprar café, frutas e livros no campus da universidade, por meio de um código QR code gerado quando vão ao banheiro fazer o número 2.
“Se pensarmos fora da caixa, as fezes têm um valor precioso para produzir energia e esterco. Eu coloquei esse valor na circulação ecológica”, explicou Cho. No mínimo, inovador, não?
Fonte: The Greenest Post