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Animais retornam à natureza em PE. É para isso que centros de triagem e reabilitação existem

Animais retornam à natureza em PE. É para isso que centros de triagem e reabilitação existem
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Soltura de bicho-preguiça na Estação Ecológica de Caetés – Foto: CPRH/PE

 

“Quarenta e seis animais silvestres voltaram para a natureza, nesta terça-feira (15). A soltura foi realizada pela Agência de Meio Ambiente – CPRH na Estação Ecológica de Caetés, unidade de conservação localizada na Região Metropolitana do Recife. Fruto de apreensões realizadas no Estado e entregas voluntárias, os animais estavam sob os cuidados do Centro de Triagem de Animais Silvestres – Cetas Tangara, onde receberam cuidados especiais para poder retornar com saúde e habilidades necessárias à sobrevivência em vida livre.

Foram soltas 17 espécies de animais, entre mamíferos, aves e répteis. Ganharam a liberdade pássaros como o pintor-verdadeiro, guriatã, canário-da-terra, além de preguiça, jiboia, iguana, gavião, tatu e timbus. “A soltura foi emocionante e é fruto de um trabalho essencial para a preservação das populações silvestres. Afinal, os animais contribuem com a dispersão de sementes, a polinização e o equilíbrio do ecossistema. Devolvê-los à floresta é essencial para manter a mata viva”, comentou o secretário de Meio Ambiente de Pernambuco, José Bertotti, que acompanhou a operação.

Também presente na atividade, o presidente da Agência de Meio Ambiente do Estado – CPRH, Djalma Paes, destacou o trabalho desenvolvido pelo Cetas Tangara para restituir os bichos aos seus hábitats naturais, uma vez que eles foram retirados irregularmente. “A maioria desses animais são vítimas do tráfico ilegal ou foram encontrados feridos. No Cetas, eles receberam todo o tratamento necessário e passaram por processo de reabilitação para serem postos em liberdade e assim cumprir o seu papel ecológico”, frisou.” – texto da matéria de divulgação do CPRH “Mais de 40 animais silvestres retornam para natureza”, publicada em 16 de junho de 2021

Fonte: FaunaNews

Ave retornando à vida livre – Foto: CPRH/PE

O trabalho dos centros de triagem e de reabilitação de animais silvestres (Cetas, Cras e Cetras) são fundamentais para a gestão da fauna silvestres. Eles são responsáveis por receber fauna vítima de traficantes, de atropelamentos, de ataques de animais domésticos, que colidem com vidraças, que se queimam na rede de distribuição de eletricidade e por aí vai.

São esses centros que conseguem reabilitar boa parte desses animais para retorno à vida livre. São eles também que determinam os que não poderão ser soltos e que deverão permanecer em cativeiro.

Infelizmente, os Cetras são estruturas não priorizadas pelo poder público, funcionando, geralmente, com pouquíssimo dinheiro, infraestrutura inadequada e falta de funcionários. É a regra no Brasil.

E quando se vê centros funcionando e realizando solturas, é preciso comemorar. Mais que isso: é preciso mostrar para a população o quanto são essenciais e devem ser valorizados pelos gestores públicos.

O retorno à liberdade não é só um direito desses animais. É uma necessidade para a manutenção de ecossistemas saudáveis e equilibrados. Cada bicho na natureza tem uma função ecológica a cumprir.

Sem os Cetras, o estrago ambiental promovido pelo homem seria ainda maior.

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Trajano Xavier

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