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Áreas verdes na arquitetura e a neutralização do carbono

Áreas verdes na arquitetura e a neutralização do carbono
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Atualmente, a construção civil corresponde a 40% das emissões globais de CO2. Essa realidade vem impulsionando diversos movimentos preocupados em reduzir os impactos ambientais e buscar a neutralização do carbono com edifícios sustentáveis. Confira mais detalhes.

Estratégias de neutralização do carbono

O crescimento exponencial das cidades fez surgir, na construção civil, a necessidade de abordagens que compensam os impactos ambientais. Uma delas se refere à neutralização do carbono.

Para isso, um edifício deve equilibrar a emissão de gases de efeito estufa (GEE) por meio de estratégias que absorvam o CO2 da atmosfera. Com esse objetivo, um dos métodos que mais tem sido utilizados por projetistas e urbanistas é a implantação de áreas verdes.

Para se ter uma ideia, uma única árvore absorve cerca de 5,5 kg de CO2 por ano, enquanto 1 m² de parede verde é capaz de absorver até 2 kg de COno mesmo período.

Para além de conectar as pessoas à natureza, essa solução tornou-se um notável contraponto ao excesso de urbanização. Estruturas como paredes, fachadas e telhados verdes agregam às construções uma superfície de crescimento vegetal complementada por sistemas integrados. Estes favorecem o cultivo das espécies ao passo que otimizam o uso de recursos para mantê-las.

Estratégias de neutralização do carbono
ÁREAS COMUNS | FOTO: MARCELO ARAÚJO

Diversas iniciativas e métodos têm sido utilizados para complementar a função das áreas verdes na meta de neutralização do carbono:

  • Gestão eficiente da água: recursos de irrigação automática ou por gotejamento, sistemas de tanque ou reúso da água da chuva são algumas das soluções utilizadas para a manutenção de áreas verdes na arquitetura.
  • Tecnologias: a integração da tecnologia eleva a eficiência no monitoramento das áreas verdes, como por meio da automação, de revestimentos com nanotecnologia que beneficiam espécies e de soluções de purificação do ar.
  • Materiais: seja no projeto paisagístico, seja na própria estrutura das áreas verdes, a escolha criteriosa de materiais também pode contribuir para a retenção de CO2.

Linho, bambu, madeira e bioconcreto são alguns materiais com potencial de estocar o carbono por longos períodos, evitando sua emissão na atmosfera.

  • Iluminação otimizada: a exposição adequada à luz solar é fundamental para a manutenção das coberturas verdes e o crescimento saudável das espécies.

Outros benefícios das áreas verdes

Biofilia e biodiversidade no AMPIO

Biofilia e biodiversidade

Um efeito vantajoso das áreas verdes na construção civil são os benefícios biofílicos que elas trazem. Para além do valor estético, a biofilia (“amor à vida”) contribui para a qualidade de vida, o equilíbrio, o bem-estar e o contato com a natureza nos centros urbanos.

 

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presença do verde influencia, também, a manutenção da biodiversidade nas cidades. Um exemplo disso é o arranha-céu One Central Park, na Austrália, que compreende 250 espécies de flores e plantas nativas, as quais atraem muitas espécies da fauna local.

Conforto térmico

Esse mesmo projeto arquitetônico exemplifica como a presença de áreas verdes pode reduzir a temperatura ambiente, tornando os espaços mais refrescantes. Referência em design biofílico, a construção australiana incorpora uma parede verde que atenua o calor em mais de 30%.

Quando aplicadas às fachadas, as coberturas verdes resfriam os interiores, reduzem a temperatura da superfície externa, minimizam os efeitos das ilhas de calor, protegem contra raios UV e elevam a vida útil da construção.

conforto térmico proporcionado pelas vegetações verticais também gera benefícios econômicos, pois reduz a necessidade de sistemas artificiais de resfriamento.

Fonte: ArchDaily e Superinteressante 

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Trajano Xavier

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