Brasileiros transformam resíduos da indústria alimentícia em cosméticos naturais
A empresa Rubian Extratos descobriu uma forma de não jogar fora os bioativos descartados pela indústria de sucos e, em vez disso, reaproveitá-los para criar cosméticos naturais.
O primeiro resíduo por eles testado foi o bagaço do maracujá, que possui propriedades antioxidantes e, portanto, é um prato cheio para a indústria dos cosméticos.
As pesquisas foram desenvolvidas com apoio do Programa FAPESP. Para transformar o resíduo do maracujá em creme, os cientistas submeteram o bagaço da fruta que é descartado pela indústria de sucos a uma série de procedimentos não-sintéticos, a fim de que não perca suas propriedades naturais e, assim, tenha seu poder ativo potencializado.
“Processos sintéticos, como hidrólise, oxidação, esterificação, caramelização ou alterações térmicas controladas não fazem parte do nosso trabalho”, garante Eduardo Aledo, cofundador da empresa.
16 mulheres participaram dos primeiros testes clínicos com o cosmético natural de bagaço de maracujá e constataram, entre outros benefícios, redução de manchas, diminuição significativa no nível de rugas e aumento da hidratação facial.
Atualmente, a empresa já contabiliza seis patentes na área de cosméticos naturais. Além do bagaço do maracujá, uma das mais bem sucedidas utiliza a casca da jabuticaba no processo de produção dos produtos.
