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Cientistas descobrem novo “tubarão-fantasma” na Nova Zelândia

Cientistas descobrem novo “tubarão-fantasma” na Nova Zelândia
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Nesta semana, cientistas da Nova Zelândia descobriram uma nova espécie de “tubarão-fantasma” no fundo do Oceano Pacífico. Os “tubarões-fantasmas” — também conhecidos como quimeras — são criaturas misteriosas geneticamente próximas aos tubarões e às arraias, com características únicas, como a ausência de escamas. Além disso, o esqueleto desses animais é formado totalmente por cartilagem, destacando a proximidade genética com duas espécies diferentes de animais marinhos.
Brit Finucci, uma das cientistas do Instituto Nacional de Pesquisa Aquática e Atmosférica da Nova Zelândia (NIWA), descobriu a nova espécie de tubarão-fantasma na região costeira próxima à fronteira com a Austrália. O local específico fica ao leste da Nova Zelândia, numa região submarina chamada Chatham Rise, com mais de três mil metros de profundidade.

Por isso, Finucci enfatizou a importância da descoberta, ressaltando que o habitat do tubarão-fantasma dificulta o monitoramento e a pesquisa da espécie pelos cientistas.

Não temos muitas informações sobre a biologia desses animais ou seu estado de conservação”, explicou.

Inicialmente, os cientistas acreditavam que essa espécie de tubarão-fantasma fosse de distribuição global, mas pesquisas revelaram que seu genoma pertence exclusivamente às águas da Nova Zelândia e da Austrália.

Habitat do tubarão-fantasma
O tubarão-fantasma costuma viver em regiões com mais de 2,5 mil metros de profundidade, justificando o desafio em observar e estudar a espécie. Devido à sua característica física peculiar, o peixe recebeu o nome de “tubarão-fantasma-australasiano-de-nariz-longo”. Aliás, o nariz do peixe corresponde por quase metade do seu corpo.

Além do nome comum, Brit Finucci ficou responsável por classificar a espécie, segundo um comunicado do NIWA, publicado na última terça-feira (24). A cientista classificou o animal com o nome científico Harriota avia, explicando um significado pessoal por trás da escolha. De acordo com Finucci, “Avia” é “avó” em latim, enquanto Harriotta é o gênero de peixes cartilaginosos da família Rhinochimaeridae, ou quimeras-de-nariz-longo, que faz todo sentido com o tubarão fantasma narigudo da Nova Zelândia.

Eu decidi fazer uma referência à minha avó porque ela sempre apoiou minha carreira como cientista. Além disso, quimeras são parentes um tanto quanto mais velhos — os avós— dos peixes, então achei o nome sugestivo”, afirmou Finucci.

Fonte: Giz Brasil

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Trajano Xavier

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