Telhado sem uso de estação e depósito recebeu duas escolas, centro esportivo e espaço de lazer
A cidade de Shenzhen, na China, é conhecida pela sua produção de eletrônicos, que são exportados para todo o mundo. E também é o lar de cerca de 17 milhões de pessoas — que poderão contar com um novo espaço de lazer.
Um grande terminal ferroviário divide espaço com um depósito de trens que precisam de reparos. A construção fica perto da ponte para Hong Kong e separa áreas residenciais da orla marítima. Outra característica é sua enorme cobertura de cerca de 1,2 quilômetro de comprimento, com a largura variando entre e 48 a 60 e uma altura de 15 metros.
“O principal objetivo do projeto era aproveitar a área da cobertura existente, mas antes subutilizada, e integrar melhor o edifício à estrutura do seu entorno, repensando simultaneamente a função cívica do desenho urbano no século XXI”, diz o comunicado do Beijing Landscape Architects Crossboundaries
“O desafio era acomodar as necessidades de diferentes grupos de usuários: primeiro, melhorar a qualidade da educação física nas escolas vizinhas, segundo, fornecer lugares para o público em geral praticar esportes de lazer e, terceiro, estabelecer instalações para eventos esportivos profissionais e competições com público”, explicam os arquitetos do Beijing Landscape Architects Crossboundaries, responsáveis pelo projeto.
O telhado é tão longo que pôde ser dividido entre duas escola, uma área de treinamento esportivo profissional e uma área para o público em geral. “Em um sentido funcional, a faixa atende às necessidades de múltiplos grupos de usuários para a facilitação do esporte e do lazer, tornando-se um centro de recreação linear ao serviço da vizinhança”, observam os arquitetos.
A sustentabilidade foi uma preocupação e critério para a escolha de materiais e inclusão de vastas áreas verdes no projeto, que usa muita madeira e estruturas arquitetônicas permeáveis, com vegetação plantada ao longo dos caminhos fornecendo sombra, ao mesmo tempo que contribui para uma drenagem eficiente e controle de temperatura.
“Nosso parque linear é como um quebra-cabeça perdido que se conecta às comunidades vizinhas”, conclui Binke Lenhardt, cofundador da Crossboundaries. “O projeto cria a ligação física e visual necessária entre o tecido urbano e o litoral e, ao longo do percurso, visa satisfazer as necessidades cada vez maiores das escolas e do público por espaços de lazer”.
(Fotos: BAI Yu/V2com)
Fonte: CicloVivo