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Como o mundo tem atuado no combate à desertificação

Como o mundo tem atuado no combate à desertificação
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O Brasil e o mundo têm desenvolvido ações para o combate à desertificação, que ameaça a existência de ecossistemas, por conta das mudanças climáticas geradas por ações humanas.

Para isso, a Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA) tem demonstrado  interesse em cooperar com a Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação (UNCCD). Uma das propostas é o Programa Produtor de Água, que prevê uma recompensa aos produtores e produtoras rurais por ações de conservação do solo.

Além disso, durante a COP15, que aconteceu em maio de 2022, na Costa do Marfim, os países assinantes da UNCCD se reuniram para debater mais iniciativas, entre elas a Grande Muralha Verde, projeto em andamento há mais de 15 anos, que visa reparar, até 2030, mais de 100 milhões de hectares de terras secas na África.

O projeto propõe a criação de uma faixa de 8 mil km de extensão, que vai do Senegal até Djibuti e, para 2023, conta com a contribuição técnica da Embrapa, da Universidade Federal de Rondonópolis e da Agência Brasileira de Cooperação (ABC).

O Brasil no combate à desertificação

No Brasil, a Caatinga e o Cerrado são os biomas mais ameaçados pela desertificação. A Caatinga já perdeu mais de 6 milhões de hectares, sendo 280 mil deles em áreas com grande possibilidade de virar deserto.

No Nordeste, 94% das terras secas estão suscetíveis à desertificação, devido ao desmatamento e às secas severas que atingem a região, de acordo com o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC).

Para combater à desertificação, especialistas têm trabalhado em soluções para reparar as áreas impactadas, algumas delas são:

  • Implantação de sistemas agroflorestais (SAFS): promove a recuperação da produtividade do solo degradado, melhora a estrutura e a fertilidade do solo e aumenta a diversidade de espécies plantadas;
  • Reflorestamento: prevê a regularização do ciclo hidrológico, controla os níveis de degradação do solo e da vegetação, sequestra carbono e reduz o efeito estufa;
  • Barragem subterrânea: promove menor perda de água por evaporação e maior proteção da água contra poluição bacteriana superficial.
  • Além disso, a Comissão de Educação da Câmara de Deputados aprovou, recentemente, um projeto de lei que prioriza a criação de centros de estudo e pesquisa sobre o combate à desertificação.

Assim, universidadescentros universitários e faculdades, localizadas em cidades de ambiente semiárido e com núcleo de desertificação, terão prioridade no credenciamento para realizar pesquisas.

Porém, mesmo como todas as iniciativas realizadas, a desertificação ainda é um desafio, por isso, o cuidado em outras frentes é necessário, como conter o avanço de áreas desertificadas. Entre essas frentes está o combate ao desmatamento, o trabalho de contenção da escassez de água, entre outros.

*Obs: Publicado no âmbito da parceria de conteúdo entre a Envolverde e a Synergia Socioambiental

(Synergia Socioambiental/Envolverde)

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Trajano Xavier

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