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Conheça 5 animais marinhos ameaçados de extinção

Conheça 5 animais marinhos ameaçados de extinção
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Um dos animais da lista está entre as maiores espécies que já existiram na Terra.

Poluição, pesca excessiva e a destruição de habitats naturais são três das principais causas que afetam significativamente a vida dos animais marinhos no planeta, afirma a Fundación Aquae, organização não-governamental sediada na Espanha que se dedica à proteção do meio ambiente.

A situação mais problemática, diz a fundação, é a crescente poluição dos oceanos e mares por plásticos.

A Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês) lista os seguintes animais marinhos como ameaçados de extinção.

1. Foca-monge-do-havaí

Uma foca-monge-do-havaí aparece em uma praia no início da manhã.

Uma foca-monge-do-havaí aparece em uma praia no início da manhã.

FOTO DE KENADY WILSON

A foca-monge-do-havaí (Neomonachus schauinslandi) habita a costa do estado norte-americano do Havaí e, de acordo com os dados mais recentes publicados pela IUCN em 2014, o número de animais dessa espécie é de cerca de 632, com um status de conservação em constante declínio.

O mamífero vive em áreas rasas, e as principais ameaças são a pesca, as doenças invasivas, a poluição e a presença de humanos em seu habitat natural devido ao turismo.

2. Cavalo-marinho Hippocampus whitei

Um cavalo-marinho Hippocampus whitei.

Um cavalo-marinho Hippocampus whitei.

FOTO DE DAVID LIITTSCHWAGER

A IUCN avaliou em 2016 que o cavalo-marinho Hippocampus whitei está ameaçado de extinção devido à invasão humana em seus lares naturais, ao turismo, à água contaminada e aos resíduos agrícolas despejados no mar.

Esse cavalo-marinho reside na costa de New South Wales, Austrália, e é protegido por lei.

O animal geralmente vive nas macroalgas, corais e esponjas marinhas que se encontram a uma profundidade de apenas 12 metros e se alimenta de pequenos crustáceos.

A IUCN informa em seu artigo que o Hippocampus whitei é uma espécie ovovivípara (que nasce de ovos retidos no corpo do animal) e que se reproduz, geralmente, entre outubro e abril de cada ano.

 Uma curiosidade: as fêmeas depositam os ovos na bolsa incubadora dos machos e eles carregam os filhotes até o momento do nascimento.

3. Baleia-azul

Baleias-azuis se alimentam em mar da Nova Zelândia.

Baleias-azuis se alimentam em mar da Nova Zelândia.

FOTO DE LEIGH TORRES

A Fundación Aquae explica que o terceiro animal da lista é o maior cetáceo que existe e está entre os maiores animais que já habitaram a Terra.

A baleia-azul (Balaenoptera musculus) é um mamífero da ordem Cetartiodactyla que pode atingir 30 metros de comprimento e pesar um total de 150 toneladas.

Apesar de abranger uma área de habitat que se estende por todos os oceanos do mundo, a baleia-azul está ameaçada de extinção, segundo a IUCN.

No entanto, a espécie apresenta uma tendência de crescimento populacional, de acordo com os dados mais recentes registrados em 2018.

O número estimado de indivíduos dessa espécie está entre 5 mil e 15 mil, e sua expectativa de vida atual é de cerca de 30,8 anos. Essas baleias se alimentam exclusivamente de krill (Euphausiacea), e as principais ameaças sofridas por elas são a caça ilegal e a presença de atividades humanas em seu habitat natural.

A IUCN cita, por exemplo, que as baleias-azuis foram vistas colidindo com barcos e sofrendo ferimentos e traumas em um local próximo ao Sri Lanka, na Ásia.

4. Raia-diabo

Classificada como ameaçada de extinção desde novembro de 2018, a raia-diabo, arraia-diabo ou manta-diabo (Mobula mobular) é um peixe cartilaginoso nativo dos oceanos Pacífico, Atlântico, Índico e do Mar Mediterrâneo.

Com uma população em declínio, a IUCN informa que não há estimativas atuais da presença  global de sua espécie.

Trata-se de animais que vivem por pelo menos 12,8 anos e passam suas vidas em profundidades de cerca de 50 metros.

A IUCN afirma que “a espécie apresenta movimentos em grande escala, e percorre até 1800 quilômetros por dia a velocidades mínimas de 63 quilômetros, provavelmente impulsionada por padrões sazonais na disponibilidade de presas”.

Sua principal ameaça é a pesca não-intencional. As redes e arpões têm como alvo outras espécies, mas acabam capturando as raias e ameaçando a sua sobrevivência na natureza.

 5. Atum-rabilho-do-sul

Por fim, o atum-rabilho-do-sul (Thunnus maccoyii) é o ser vivo da lista cuja principal causa de ameaça e possível extinção é a pesca excessiva.

 “O enlatamento [armazenamento em latas] foi a forma mais representativa de comercialização do peixe altamente valorizado até o início da década de 1980”, diz a IUCN, sendo o Japão o principal mercado para o comércio desse tipo de alimento.

Thunnus maccoyii habita profundidades de quase mil metros no mar e pode ser encontrado em águas próximas da Argentina, Brasil, Uruguai, Madagascar, Indonésia, África do Sul e Austrália.

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Trajano Xavier

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