Conheça o curioso e amigável macaco-da-noite ou jupará
(Foto: Luciano Candisani/Divulgação)
O jupará tem ampla distribuição geográfica em toda a Amazônia, porém pode ser encontrada na Mata Atlântica litorânea do leste do Brasil
O macaco-da-noite, ou jupará, é um animal da família Procyonidae, a mesma família dos quatis e dos guaxinins. São animais de atividade noturna e com hábito arborícola, que ocorrem em florestas fechadas e com dossel alto (entre 20 e 30m de altura de copa). É um mamífero considerado de pequeno porte, com tamanho médio de 58cm de comprimento de corpo e 48cm de cauda preênsil, ou seja, uma cauda que ajuda a pendurar e manter a estabilidade nos galhos das árvores, funcionando como um quinto membro.
Com relação a dieta, o jupará é essencialmente frugívoro, ou seja, se alimenta de frutos, mas pode ser visto se alimentando ocasionalmente de insetos e pequenos vertebrados. Por se alimentar de frutos, tem um importante papel como dispersor de sementes, ajudando no reflorestamento das espécies de plantas das quais ele se alimenta. Alimentam-se também de néctar e mel, com a ajuda da língua que é longa e flexível, esse hábito faz com que o jupará também seja conhecido popularmente como urso-do-mel.
O jupará tem ampla distribuição geográfica em toda a Amazônia, porém pode ser encontrada na Mata Atlântica litorânea do leste do Brasil. Não existem dados precisos de densidade populacional para a espécie na Amazônia, mas a espécie parece abundante e tem registros de ocorrência mesmo em ambientes antropizados. Porém, apesar de ser considerado abundante atualmente, essa situação pode mudar devido a várias ameaças que espécie vem sofrendo.
Por ser um animal arborícola e utilizar o dossel alto das árvores de floresta conservada como habitat, o jupará é ameaçado principalmente pela destruição em larga escala da Florestas Amazônica. Além disso, o jupará é traficado para o comércio ilegal de animais silvestres, sendo vendido como pet.
Em alguns lugares, as populações estão ameaçadas devido a doenças contraídas de animais domésticos, como raiva e leishmaniose (mas não precisa se preocupar, que não é passada por eles para os seres humanos!). Na Amazônia ainda sofre a caça ilegal para o consumo de carne e também é abatido devido a crenças populares: Algumas comunidades acreditam que o jupará ataque a garganta das pessoas adormecidas, sugando o seu sangue até a morte.
Entretanto, já vimos que o jupará não passa de um comedor de frutos e sugador de néctar, e nosso sangue nada tem a ver com nenhum desses alimentos, então essa informação não passa de um mito que deve ser derrubado. Os juparás devem fazer parte da nossa cultura como os animais maravilhosos e de fundamental importância que eles são para o bom funcionamento do ambiente em que habitam.
Fonte: Portal Amazônia