Território Secreto

sua fonte de notícias especiais

Conta de luz sobe, mas preço de sistemas fotovoltaicos cai e reforça vantagem da energia solar para os brasileiros

Conta de luz sobe, mas preço de sistemas fotovoltaicos cai e reforça vantagem da energia solar para os brasileiros
0Shares

O Brasil, mesmo vasto em fontes de energia renováveis, ainda apresenta uma matriz elétrica dominada pela geração hídrica, que responde por quase 60% da energia produzida no país.

Com essa vulnerabilidade do setor elétrico, quem “paga o pato” são os consumidores, que desde 2015 sofrem com aumentos na conta de luz todas as vezes que as hidrelétricas vão mal.

Foi naquele ano de forte seca que a Aneel, a Agência Nacional de Energia Elétrica, criou o sistema de bandeiras tarifárias, utilizado para cobrir os gastos extras com as termoelétricas.

Desde então, quem paga a conta de luz já teve que arcar com 48 meses de cobranças adicionais, que diferem conforme a cor da bandeira vigente (amarela, vermelha 1 e vermelha 2).

Agora, seis anos depois, a pior estiagem já registrada deixa os principais reservatórios do país novamente em níveis alarmantes e traz mais um ano vermelho para as contas dos brasileiros.

O governo, que tarda em ações para diversificar o mix de geração do país, não tem outra escolha senão acionar novamente o parque de termelétricas, fonte de geração poluente e bem mais cara.

Para piorar a situação, as previsões meteorológicas mostram que as chuvas do final deste ano talvez não consigam normalizar a situação dos reservatórios, o que pode prolongar os aumentos para 2022.

BANDEIRA MAIS CARA

Mas o impacto no bolso de quem paga a conta de luz ficou ainda pior no último dia 29 de junho, quando a Aneel aprovou os reajustes das bandeiras tarifárias, válidos desde o 1º de julho.

A maior inflação foi justamente na bandeira mais cara, a vermelha patamar 2, que sofreu aumento de 52%, passando de R$ 6,24 para R$ 9,49.

Os outros reajustes foram na bandeira amarela, que foi de R$ 1,34 para R$ 1,87 (aumento de 39,5%), e na bandeira vermelha de nível 1, que foi de R$ 4,16 para R$ 3,97 (redução de 4,75%).

A bandeira verde, que já era sem acréscimo, foi a única sem alteração. Todos os adicionais são válidos para cada 100 quilowatts-hora consumidos.

O reajuste do sistema de bandeiras tarifárias é feito anualmente, mas o último ocorreu em 2019, sendo o do ano passado adiado por conta da pandemia do novo coronavírus.

Agora, com a nova crise hídrica, os diretores da Aneel decidiram abrir uma consulta pública para discutir mudanças na metodologia de cálculo das bandeiras e possivelmente novos aumentos.

SOLUÇÃO VEM DO SOL

Para quem não aguenta mais esses aumentos na conta de luz, a solução não está mais em dicas de como economizar energia, mas na instalação de um sistema de energia solar fotovoltaica.

A tecnologia, que reduz até 95% da fatura todo mês e protege contra os aumentos nas tarifas, também ameniza o impacto das bandeiras tarifárias no bolso dos consumidores.

Como o adicional é cobrado apenas sobre a energia consumida da rede, os proprietários de um painel solar podem aproveitar de uma energia limpa, gratuita e livre de acréscimos

Com a queda nos preços dos sistemas fotovoltaicos, a tecnologia se espalha em todo o país, impulsionada também pelas dezenas de linhas de financiamento para energia solar disponíveis.

O segmento de geração distribuída, criado em 2012 pela Aneel, já registra mais de 542 mil conexões, sendo 99,9% delas de geradores fotovoltaicos.

Com a sombra de novos aumentos para os próximos anos, a tecnologia se consolida cada vez mais como tendência, e o número de instalações segue em crescimento exponencial no país.

Segundo o último Plano Decenal de Energia (PNE) do governo, até 2030, o Brasil poderá atingir um público de 3 milhões de consumidores com geração própria de energia.

Fonte: The Greenest Post

0Shares

Trajano Xavier

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *