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Entenda o conceito e as práticas das “cidades comestíveis”

Entenda o conceito e as práticas das “cidades comestíveis”
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O movimento sustentável tem transformado o modo como as pessoas interagem com as áreas urbanas. Essa relação deu origem ao conceito de “cidades comestíveis”, que alia espaços naturais e nutrição nos grandes centros. Saiba mais abaixo!

O que são as cidades comestíveis

Em 2010, na Alemanha, jardineiros da cidade de Andernach começaram a se dedicar ao cuidado de frutas e hortaliças. Estas foram distribuídas por cinco áreas abertas da cidade, formando um verdadeiro jardim público. Mais tarde, o espaço possibilitou a colheita gratuita de uma diversidade de alimentos, incluindo abobrinhas, cebolas, tomates e morangos.

Esse experimento na cidade alemã deu origem ao termo “cidades comestíveis”. A iniciativa conquistou o apreço da comunidade, que começou a cultivar frutos e uma gama de plantas que fortalecem a biodiversidade urbana e a saúde do solo.

Com o passar dos anos, projetos semelhantes passaram a ser replicados em vários lugares do mundo, de modo a disponibilizar gratuitamente uma grande variedade de alimentos à população. O intuito, através do plantio, da colheita e da distribuição, é tornar os espaços públicos mais saudáveis e sustentáveis.

Em suma, as cidades comestíveis promovem a presença da natureza e o cultivo de plantas, enriquecendo a forma como percebemos o espaço urbano. Esse olhar é fundamental para pensar a cidade como um lugar ativo, fortalecendo o senso de pertencimento da comunidade e a conexão das pessoas com a fonte real de seus alimentos.

Cidades comestíveis na prática

Edible Cities Network

Frente a essa tendência, a União Europeia passou a financiar a Edible Cities Network (Rede de Cidades Comestíveis) como forma de criar e implementar iniciativas urbanas inovadoras e de planejamento sustentável para fomentar cidades mais verdes, “comestíveis” e habitáveis.

O movimento apoia 150 cidades em países como Estados Unidos, Noruega, Espanha e Uruguai, por meio de jardins, pomares públicos, hortas comunitárias e outras áreas verdes voltadas ao consumo de plantas comestíveis.

Apicultura

A apicultura está entre as atividades compreendidas pelo conceito de cidades comestíveis. Um exemplo prático é a cidade de Berlim, que adota a apicultura urbana como forma de fornecer mel aos habitantes e preservar a biodiversidade local. Na Alemanha, as abelhas estão entre os três animais de produção mais importantes.

Locais públicos

Em vários centros ao redor do mundo, locais públicos e prédios têm sido utilizados para abrigar hortas, pomares, jardins, colmeias urbanas e quintais verticais. Estes promovem a saúde nutricional, a segurança alimentar e a sustentabilidade das cidades.

Iniciativas em Curitiba

Hortas comunitárias

Em Curitiba, eleita a cidade mais sustentável do mundo pelo The Green City Index, iniciativas públicas e privadas proporcionam mais saúde nutricional e sustentabilidade em espaços urbanos. Um exemplo são as hortas comunitárias promovidas pela prefeitura.

Através de quase 150 hortas distribuídas pela cidade, a iniciativa estimula nas comunidades o contato com a natureza aliado ao cultivo do próprio alimento. São mais de 37 mil pessoas envolvidas direta e indiretamente nas hortas urbanas da capital paranaense, resultando em alimentação de qualidade e bem-estar.

Além de promover o melhor aproveitamento dos espaços urbanos de Curitiba, o programa de hortas urbanas fornece treinamentos teóricos e práticos voltados ao cultivo e à manutenção de canteiros para a produção de hortaliças, frutas e temperos sem agrotóxicos.

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Trajano Xavier

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