Espanha acaba com apoios a circos com animais selvagens
O Ministério da Cultura de Espanha acabou com os subsídios para os circos que trabalham com animais selvagens.
Segundo o jornal espanhol La Vanguardia, depois de, em 2015, a Catalunha proibir circos com animais selvagens, vários comunidades autónomas seguiram o exemplo. E, em 2019, o Ministério da Cultura deu um prazo de adaptação de três anos para que os circos deixassem de usar estes animais nos seus espetáculos. Caso contrário, não teriam acesso a apoios públicos.
Neste período, a atribuição de apoios aos circos valorizava, sobretudo, aqueles que apresentavam um plano para o abandono da utilização destes animais, com as ajudas do Estado a variar entre os 10 mil e os 40 mil euros por ano.
Contudo, a partir de agora, os circos que tenham animais selvagens já não terão acesso a quaisquer subsídios.
Segundo o diário espanhol, há cerca de três circos em Espanha que ainda trabalham com estes animais.
As associações de defesa dos animais vêm a decisão agora tomada como uma “vitória”, como é o caso da organização InfoCircos.
“O Ministério da Cultura está agora alinhado com esta tendência geral e confiamos que as comunidades autónomas onde estes espetáculos ainda são permitidos vão acabar com esta prática anacrónica sem mais demoras”, disse Marta Merchán, coordenadora da InfoCircos, num comunicado divulgado pela organização.
Recorde-se que, em Portugal, uma lei, de 2019, definiu a proibição de animais selvagens nos circos, que não podem adquirir novos animais ou permitir a sua reprodução desde esse ano e que estão obrigados a entregá-los ao Instituto de Conservação da Natureza e Florestas (ICNF) até 2025.
Fonte: Notícias ao Minuto / mantida a grafia lusitana original
