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Grande Reserva Mata Atlântica vai receber 19 mil mudas

Grande Reserva Mata Atlântica vai receber 19 mil mudas
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Iniciativa visa implementar modelo de produção agroflorestal no maior remanescente de Mata Atlântica do Brasil

Uma nova iniciativa promete contribuir com a conservação da biodiversidade da Grande Reserva Mata Atlântica, o último maior remanescente do bioma, localizado entre os estados do Paraná, Santa Catarina e São Paulo. Por meio de uma parceria entre a Sociedade de Pesquisa em Vida Selvagem e Educação Ambiental (SPVS), a reNature, empresa de consultoria em agricultura regenerativa fundada na Holanda, e a marca de roupas FARM, 19 mil mudas serão plantadas na região da Grande Reserva.
Do total de mudas, 2,5 mil são de espécies arbóreas frutíferas e nativas da Mata Atlântica e 16,5 mil são espécies arbustivas e herbáceas com fins de adubação do solo e geração de produtos agrícolas alternativos, possibilitando renda às comunidades locais. A iniciativa faz parte do projeto “Mil árvores por dia, todos os dias”, da FARM. Parte do trabalho inclui a restauração de diferentes biomas brasileiros com o compromisso de plantio de mil árvores por dia, como o próprio nome do projeto sugere.

Estão compreendidas pelo projeto áreas de Mata Atlântica, Floresta Amazônica e também Caatinga e Cerrado. Até o fim de 2021, meio milhão de mudas já haviam sido plantadas.

O plantio na Grande Reserva Mata Atlântica começou em outubro de 2021 e deve ser concluído até agosto de 2022 (Foto: Divulgação/Farm)

Sistemas agroflorestais
A parceria visa desenvolver modelos produtivos agroflorestais com frutíferas nativas da Mata Atlântica associados à criação de abelhas nativas (meliponicultura) e de outras espécies da agricultura convencional utilizada na região. O trabalho prevê a implementação de 2,5 hectares desses sistemas no entorno da Reserva Natural das Águas, área protegida mantida pela SPVS no município de Antonina (PR). Os agricultores da região serão sensibilizados e capacitados para implementar Sistemas Agroflorestais (SAFs) em suas propriedades.

Agrofloresta na região da Amazônia (Foto: Flávio Quental/WWF Brasil)

Além de promover o manejo sustentável do solo, os SAFs devem agir como motores para a promoção de um novo modelo de desenvolvimento em áreas abertas já existentes, agregando uma economia circular e restaurativa aliada à vocação regional das áreas inseridas na Grande Reserva Mata Atlântica, que é a conservação da natureza e da cultura local. Os sistemas agroflorestais são um potencial substituto aos cultivos convencionais que são extensivos, têm baixo valor agregado e fundamentados no extrativismo e monocultura.

“Levando em consideração que 70% da população brasileira reside em áreas do bioma Mata Atlântica, os sistemas agroflorestais tornam-se alternativas viáveis para impulsionar o mercado local e regional, pautados, principalmente, na riqueza das espécies nativas e no conhecimento tradicional”, explica Clóvis Borges, diretor-executivo da SPVS.

(Foto: Universo da Floresta/Divulgação)

Todo o trabalho foi construído com a participação da reNature, instituição que se utiliza do vasto potencial da agricultura contra os desafios mais emergentes da atualidade, como mudanças climáticas, perda da biodiversidade e insegurança alimentar.

“A busca pela construção de parcerias como a da Farm e a da SPVS é a base de nosso trabalho. Entendemos que é preciso ir além dos tradicionais modelos de sustentabilidade”, relata Felipe Villela, fundador da reNature. “Implementar este trabalho é garantir impacto, geração de renda, conservação e ganho para todas as partes envolvidas, com a perpetuidade de”, garante o fundador da reNature

Fonte: CicloVivo

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Trajano Xavier

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