Indígenas do pico do Jaraguá transformam lixo em biogás
Com ajuda de uma empresa chilena e da ONG Teto, Indígenas da comunidade Tekoa Itakupe vão transformar lixo em biogás.
Localizada na região do pico do Jaraguá, zona oeste da capital, a Terra Indígena abriga apenas 40 famílias e é considerada a menor do Brasil.
De acordo com a equipe responsável pelo projeto, foram instalados na região cinco sistemas de saneamento autônomos que geram biogás e biofertilizante orgânico líquido.
O modelo foi desenvolvido por uma empresa israelense e tem a capacidade de tratar e reaproveitar tanto os resíduos do tratamento sanitário quanto os resíduos orgânicos (alimentos e esterco).
Durante os processos, o lixo orgânico é decomposto por bactérias e se transforma no biogás, que é armazenado e transportado para um fogão adapatado.
O resultado é a produção de energia limpa e sustentável, suficiente para abastecer por até sete horas por dia a comunidade com gás de cozinha.
Uma das líderes da Tekoa Itakupe, Wera destacou em entrevista à agência de notícias EFE que os novos banheiros resolvem um problema antigo da comunidade.
“Principalmente porque não temos saneamento básico”, explicou Wera. “A gente consegue ver um avanço maior para nossa comunidade e um equilíbrio entre as culturas Guarani e não indígenas”, completou o jovem de 26 anos.
A ação inclui os esforços do Softys Contigo, que tem o objetivo de contribuir na prática com os compromissos dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.
O projeto prevê investir cerca de R$ 30 milhões para facilitar o acesso das comunidades e assentamentos ao saneamento básico e à água potável.
