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Iniciativa portuguesa “Exijo fora da Caixa”, contra o sobre-embalamento

Iniciativa portuguesa “Exijo fora da Caixa”, contra o sobre-embalamento
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O excesso de embalagem dos produtos aumenta o consumo de recursos naturais e gera mais desperdício. A DECO lançou a campanha #ExijoForaDaCaixa que pretende pressionar o Governo e trabalhar com as marcas para reduzir as embalagens desnecessárias.

Vários produtos dispensam segundas embalagens, como a fruta, os legumes ou as pastas de dentes. Ao evitarmos o excesso de embalagem, também conhecido como sobre-embalamento, estamos a reduzir a quantidade de resíduos.

Ao reduzirmos a quantidade de embalagens, estamos a preservar os ecossistemas e os recursos naturais que seriam usados para produzir matérias-primas como o papel, o plástico ou o metal. Logo, estamos a contribuir diretamente para a preservação do planeta.

Quanto menos embalagem, menos espaço o produto ocupa, por exemplo, no camião de transporte ou no armazém do supermercado. Logo, maiores quantidades podem ser transportadas e armazenadas ao mesmo tempo, podendo contribuir para reduzir os custos do produto da origem até à venda. Estes ganhos podem – e devem – refletir-se numa descida do preço de venda para o consumidor. Além disso, haverá também uma redução dos impactos ambientais associados ao transporte.

Se todas as famílias portuguesas comprarem, pelo menos uma vez, um cabaz com produtos sobre-embalados, vão dar origem, segundo a DECO, a 1050 toneladas de embalagens desnecessárias. Equivale ao peso de 175 elefantes.

Trata-se de uma estimativa conservadora, pois como vamos às compras várias vezes por mês e muitos produtos têm excesso de embalagem. Às vezes a mesma marca disponibiliza o mesmo produto de duas formas: com e sem embalagem em excesso.

10 SOLUÇÕES PARA O MERCADO MUDAR

  1. As marcas devem otimizar a forma como incluem a informação obrigatória no seu produto. Por exemplo, colocar essa informação na embalagem primária ou em rótulos desdobráveis colados a ela.
  2. Sempre que possível, deve-se eliminar o embalamento de frutas e vegetais frescos, para diminuir os resíduos e evitar o desperdício.
  3. Devem-se otimizar os produtos em embalagens agrupadas ou multipack  (como iogurtes ou bebidas), criando ligações mínimas entre cada embalagem individual, de modo a reduzir a quantidade de plástico ou cartão.
  4. Eliminar-se a utilização de embalagens secundárias em produtos em que não há qualquer valor acrescentado.
  5. Banir-se progressivamente as embalagens que recorram ao uso de diferentes tipos de materiais (por exemplo, embalagens que misturam plástico e papel, como as pen drives e phones). Os produtores devem optar por embalagens feitas de apenas um material, para facilitar a sua reciclagem.
  6. Uniformizar-se o tipo de embalagens colocadas no mercado, cumprindo as normas de ecodesign definidas para cada tipo de produto, de modo a assegurar que não são usados materiais com impacto negativo na triagem e reciclagem.
  7. Adaptar-se a capacidade de embalagem à quantidade/volume de produto embalado, exceto nas situações em que, de forma comprovada, seja necessária uma embalagem extra para efeitos de conservação.
  8. Possibilitar-se a venda a granel de produtos sem necessidades especiais de conservação (por exemplo, produtos de limpeza e alimentos como café em grão e leguminosas secas).
  9. Promover-se a reutilização de embalagens secundárias e terciárias ao nível do transporte e armazenamento, sempre que for possível.
  10. Definir-se limites mínimos para incorporar material reciclado na produção de embalagens, exceto quando a conservação do produto não o permite.
Fonte: Uniplanet
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Trajano Xavier

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