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Lontras e raposas são infectadas por vírus da gripe aviária no Reino Unido

Lontras e raposas são infectadas por vírus da gripe aviária no Reino Unido
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A Agência de Saúde Animal e Vegetal do Reino Unido (Apha) identificou o vírus da gripe aviária em nove lontras e raposas. Atualmente, a doença avança entre aves na Grã-Bretanha, com 279 casos de cepas altamente patogênicas de H5N1 desde outubro de 2021. Segundo a Apha, provavelmente, os animais contraíram o vírus ao ingerir carcaças infectadas. Não há evidências de transmissão entre mamíferos, e o risco para humanos é baixo, disse o órgão, em um boletim.

Em entrevista à rádio BBC, o diretor de serviços científicos da agência disse que “o vírus está absolutamente em marcha”. Recentemente, houve um surto em uma fazenda de martas na Espanha, e foi registrada uma mortalidade em massa de focas no Mar Cáspio, possivelmente causada pelo H5N1. Citado pelo jornal The Guardian, Ian Brown disse que os especialistas estão “altamente cientes dos riscos” de a gripe aviária se tornar uma pandemia. “Essa disseminação global é uma preocupação. Precisamos olhar globalmente para novas estratégias de parcerias internacionais para superar a doença.”

Os cientistas afirmam que, atualmente, não há razão para suspeitar que a infecção de mamíferos tenha acontecido devido a mutações genéticas do vírus. Também ponderam que o risco para humanos não é alto. Porém, destacam a necessidade de monitorar qualquer alteração no H5N1 que facilite o salto entre as espécies. “O atual surto de H5N1 tem afetado rebanhos em todo o mundo. Mais recentemente, houve algumas evidências de mamíferos testando positivo para o vírus. Embora seja uma situação que merece atenção e vigilância, ainda não deve causar preocupação”, afirma Mark Fielder, professor de microbiologia médica na Universidade de Kingston, na Inglaterra.

Controle

Segundo Fielder, a cepa de influenza H5N1 continua sendo um vírus aviário, com nenhuma indicação de que “pretenda” deixar de ser essencialmente uma doença de aves. “Atualmente, não há evidências genéticas de que o vírus tenha mudado para se adaptar a um hospedeiro mamífero. Embora tenha havido situações em que vários mamíferos diferentes de todo o mundo contraíram o vírus, no momento não parece haver nenhuma evidência de que ele se espalhou de mamífero para mamífero”, diz.

Para o especialista em microbiologia, é preciso proteger as espécies vulneráveis. “Isso é impossível em relação a pássaros selvagens, que voam livremente, mas podemos controlar as aves domésticas e limitar sua exposição ao vírus, melhorando a biossegurança. Se isso for feito, podemos tentar limitar a propagação viral o máximo possível.”

Doença misteriosa mata 20 pessoas

Uma doença misteriosa que atinge, desde dezembro, uma aldeia no centro da Costa do Marfim deixou 20 mortos, a maioria crianças, conforme um balanço divulgado, ontem, por fontes locais. “Até 26 de janeiro, estávamos com 12 mortos. Na quinta-feira, o balanço piorou e registramos 20 mortos, incluindo dois adultos”, afirmou, à agência France-Presse de notícias (AFP), Paul Kouassi, presidente de uma associação de jovens em Kpo-Kahankro, cidade localizada a cerca de 20km quilômetros do povoado afetado, Bouaké. Os sintomas apresentados pelas vítimas foram vômito e diarreia, segundo Kouassi.

 

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Trajano Xavier

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