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Macaco mais raro do mundo pode ser salvo graças a “pontes” de cordas

Macaco mais raro do mundo pode ser salvo graças a “pontes” de cordas
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Ameaçada de extinção, a população de gibões-de-Hainan, que vive em uma ilha na China, está aumentando constantemente desde que pesquisadores implementaram a estrutura

Cientistas estão fazendo o possível para salvar o gibão-de-Hainan (Nomascus hainanus), a espécie de macaco mais rara do mundo, que vive na ilha Hainan, na China. À beira da extinção, os gibões são alvos de caçadores, e ainda precisam lidar com o fato de que o local de seu habitat está se fragmentando devido à ação humana e a deslizamentos de terra, criando grandes lacunas no solo. Como consequência, o deslocamento dos primatas fica mais difícil, assim como a busca por alimentos.
Mas, um novo estudo publicado na revista Scientific Reports trouxe ótimas notícias: um projeto que se dedicou a construir “pontes” artificiais usando cordas sobre as áreas afetadas está ajudando a preservar a espécie. Pelo menos é o que mostram, pela primeira vez, imagens dos primatas utilizando o recurso para se deslocar entre as árvores.

Em 2015, a iniciativa começou com o uso de cordas de montanhismo amarradas a árvores e câmeras com sensores de movimento para monitorar a vida selvagem. Demorou 176 dias antes que os gibões dessem uma chance à ponte e, ao longo de 470 dias, as câmeras captaram 208 fotografias e 53 vídeos desses animais utilizando a corda.

 

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“Quando começamos a trabalhar na reserva, em 2003, havia apenas dois grupos de gibões com um total de 13 indivíduos em todo o mundo”, disse o pesquisador Bosco Pui Lok Chan ao portal IFLScience., aqui reproduzido.

Pontes de corda podem ajudar a salvar os gibões-de-Hainan, espécie de macaco mais rara do mundo (Foto: Fazenda e Jardim Botânico Kadoorie)

“Desde então, estamos registrando uma recuperação gradual, com um terceiro e quarto grupo familiar de gibões formados em 2011 e 2015, respectivamente”.
Segundo o pesquisador, no início de 2020 foi confirmada a formação de um quinto grupo, e a população mundial hoje ultrapassa os 30 indivíduos, o que mostra a possibilidade de recuperação da espécie. Para ele, um dos motivos que também está colaborando para a preservação dos macacos é a conscientização humana.

“Sempre tentamos envolver a população humana local na conservação do gibão-de-Hainan e tentamos uma série de esforços, como atividades educacionais em escolas locais, treinamento de moradores e formação de uma equipe de monitoramento da comunidade para os gibões. Esses membros da comunidade são agora uma força central na proteção e monitoramento dos gibões”, relatou Chan à publicação.

Crédito foto de capa: Fazenda e Jardim Botânico Kadoorie

Fonte: Revista Galileu

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Trajano Xavier

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