Nova pesquisa sobre hábitos alimentares do gigante marinho destrona o urso-de-kodiak, encontrado no Alasca
Os tubarões-baleia (Rhincodon typus) são os maiores peixes vivos do mundo e podem crescer até 18 metros, chegando a pesar 34 toneladas. Encontrados nos oceanos tropicais, esses gigantes marinhos bateram outro recorde, segundo um novo estudo: o de maior onívoro do Planeta.
Cientistas marinhos descobriram que, para além de seu alimento preferido, o krill (pequenos crustáceos semelhantes ao camarão), os tubarões-baleia também comem plantas em quantidades consideráveis e relevantes para sua dieta.
Em novos estudos feitos no recife de Ningaloo, a oeste da Austrália, os pesquisadores analisaram amostras de biópsia de tubarões-baleia e descobriram que os animais estavam comendo muito material vegetal.
“A visão que temos de tubarões-baleia vindo para Ningaloo apenas para se deliciar com os pequenos krills é apenas metade da história. Eles estão realmente comendo uma boa quantidade de algas também”, disse Mark Meekan, biólogo do Instituto Australiano de Ciências Marinhas.
Todos os anos, de abril a julho, tubarões-baleia se reúnem no recife de Ningaloo e nadam perto da costa, alimentando-se em águas com menos de 80 metros de profundidade. A proximidade faz desses gigantes dóceis uma atração para os turistas e mergulhadores.
Eles se alimentam por meio do método de sucção e filtração: nadando com a boca aberta, sugam suas presas através do bombeamento das brânquias, que funcionam como órgãos filtradores; depois, o tubarão-baleia fecha a boca e retém o plâncton, expelindo o excesso de água através das brânquias.
Em todo o mundo, o número de tubarões-baleia está diminuindo e, em 2016, a União Internacional para a Conservação da Natureza elevou o status de conservação do animal de “ameaçado” para “em perigo.
Eles enfrentam problemas com poluição, aumento da temperatura dos oceanos e acidificação, que afetam a rede de alimentos disponíveis.
Além disso, esses gigantes também são vítimas da pesca predatória e, como muitas vezes nadam perto da superfície, podem ser mortos acidentalmente pelas hélices dos navios.
Fonte: Um Só Planeta