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Mamangavas são polinizadoras eficientes e representadas por mais de 50 espécies no Brasil

Mamangavas são polinizadoras eficientes e representadas por mais de 50 espécies no Brasil
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Grandes, resistentes e barulhentas. As mamangavas são insetos difíceis de serem predados e, com esses atributos, capazes de se defenderem de inúmeros predadores. Apesar de serem muito temidas com relação ao potencial da ferroada, elas, na verdade, são abelhas solitárias e, de uma forma geral, não são agressivas.

Betina Blochtein é professora pesquisadora no Rio Grande do Sul e trabalha com abelhas há 20 anos. Sua especialidade são as abelhas nativas, incluindo as sociais sem-ferrão e solitárias, que não se dispõe em castas e hierarquias. “Eventuais ferroadas ocorrem somente se elas se sentirem muito ameaçadas”, afirma.

Mamangavas conseguem voar por longas distâncias, já que a capacidade do alcance do voo varia também com o tamanho dos insetos — Foto: Betina Blochtein/Acervo Pessoal

Mamangavas conseguem voar por longas distâncias, já que a capacidade do alcance do voo varia também com o tamanho dos insetos — Foto: Betina Blochtein/Acervo Pessoal

 

Entre as abelhas de grande porte, as mamangavas ou mamangabas, como também são conhecidas em algumas regiões, são representadas em mais de 50 espécies no Brasil. Distribuídas por todo o país, são capazes de voar por longas distâncias. Nesses locais, se abrigam em madeiras, onde cavam galerias em galhos e troncos mortos e madeiras secas para fazer seus ninhos.

As espécies do gênero Bombus são conhecidas como mamangava-de-chão e vivem em ninhos bem numerosos — Foto: Rafaela Wolf Carvalho/Acervo Pessoal

As espécies do gênero Bombus são conhecidas como mamangava-de-chão e vivem em ninhos bem numerosos — Foto: Rafaela Wolf Carvalho/Acervo Pessoal

 

Nos ninhos, os insetos percorrem diversas fases de vida: desde os ovos às larvas, seguindo para pequenas pupas imóveis, até se tornarem adultos e saírem das câmaras em busca de alimentos e novas madeiras ocas para darem continuidade ao ciclo.

É nesse sentido que se nota a importância de conservar. Até mesmo árvores mortas têm utilidade no ambiente natural. “A presença de madeiras secas nos ambientes é fundamental para evitar que as abelhas sofram com a perda de um dos dois recursos fundamentais para a sua vida: ter onde morar e ter onde se alimentar”, explica a pesquisadora.

Em flores de pêssego, as mamangavas também realizam um importante trabalho de polinização — Foto: Betina Blochtein/Acervo Pessoal

Em flores de pêssego, as mamangavas também realizam um importante trabalho de polinização — Foto: Betina Blochtein/Acervo Pessoal

AS mamangavas-de-chão possuem pelos pelo corpo e uma estrutura na perna para carregar o pólen, enquanto outras espécies são brilhantes e se "sujam" para polinizar — Foto: Rubens Galdino/Acervo Pessoal

AS mamangavas-de-chão possuem pelos pelo corpo e uma estrutura na perna para carregar o pólen, enquanto outras espécies são brilhantes e se “sujam” para polinizar — Foto: Rubens Galdino/Acervo Pessoal

 

A escassez de mamangavas pode, dessa forma, prejudicar produções agrícolas. Blochtein conta que ao Norte do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, em áreas de produção de maracujá, a polinização manual tem sido adotada. “As pessoas se deslocam polinizando as flores numa área que as mamangavas silvestres são insuficientes para polinizarem as flores dos pomares. O trabalho dos insetos é muito necessário: cada semente do maracujá só se desenvolve a partir da ação de um grão de pólen”, explica.

A professora pesquisadora Betina Blochtein pontuou algumas curiosidades sobre as mamangavas — Foto: Arte/TG

A professora pesquisadora Betina Blochtein pontuou algumas curiosidades sobre as mamangavas — Foto: Arte/TG

Foto: Wilton Felipe/Acervo Pessoal

Fonte: G1

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Trajano Xavier

6 thoughts on “Mamangavas são polinizadoras eficientes e representadas por mais de 50 espécies no Brasil

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