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Manchas nas asas de borboleta monarca influenciam na migração da espécie

Manchas nas asas de borboleta monarca influenciam na migração da espécie
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Cientistas afirmam que coloração das asas de inseto interfere nas atividades migratórias dos animais, que vão do Canadá ao México todos os anos

Pesquisadores da Universidade da Geórgia, nos EUA, estudaram quase 400 asas de borboletas monarcas em diferentes estágios da longa jornada migratória que estes pequenos insetos fazem do Canadá até o México. No estudo, publicado pela revista Plos One, eles relatam como constataram que os mais bem-sucedidos tinham 3% menos presença da cor preta em suas asas e 3% mais manchas brancas do que os que ficavam para trás.

De acordo com o documento, cores escuras nas asas de outros animais já demonstraram auxiliar o voo, aumentando a absorção de energia solar, o que reduz as forças de arrasto. No entanto, muita superfície preta pode ser problemática para as monarcas, que estão expostas a quantidades crescentes de energia solar em sua grande trajetória pela América do Norte. Para os cientistas, as monarcas podem ter evoluído para possuir mais manchas brancas como forma absorver energia solar de forma mais eficiente em seu longo voo.

Essas descobertas sugerem fortemente que a própria migração de longa distância seleciona manchas brancas maiores a cada outono, de modo que apenas os indivíduos com manchas grandes sobreviverão para transmitir seus genes”, diz a pesquisa.

Em entrevista à BBC internacional, Andy Davis, pesquisador assistente da Escola de Ecologia da Universidade da Geórgia, nos EUA, afirmou que “na verdade, pensamos que as monarcas com asas mais escuras seriam mais bem-sucedidas na migração, porque as superfícies escuras podem melhorar a eficiência do voo. Mas descobrimos o contrário. Depois de fazer essa migração por milhares de anos, elas descobriram uma maneira de capitalizar a energia solar para melhorar sua eficiência aérea”.

As borboletas monarcas não conseguem sobreviver aos longos invernos frios do hemisfério norte e migram distâncias de quase cinco mil quilômetros até o México. Na primavera, elas voltam para o norte, pondo ovos pelo caminho.
Ainda são necessários mais trabalhos experimentais para elucidar os mecanismos pelos quais o padrão de manchas destas borboletas auxiliam na migração da espécie.

Os resultados preliminares obtidos nestas pesquisa vão servir como ponto de partida para estes futuros estudos, que devem melhorar a compreensão de uma das migrações animais mais fascinantes do mundo e também fornecer conhecimentos práticos para o campo da engenharia aeroespacial.

Fonte: Um Só Planeta  Jornal Fatos e Noticias

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Trajano Xavier

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