A Austrália abriga algumas das florestas mais antigas do mundo. Contudo, apesar da sua preciosidade para o planeta, isto não as torna intocáveis aos efeitos das alterações climáticas. A mortalidade das árvores nas florestas tropicais australianas duplicou desde 1980, indica um novo estudo da Universidade de Oxford, publicado na revista científica Nature.
A equipa de cientistas estou ao longo de um período de 49 anos, 24 partes de floresta no norte de Queensland. Foram estudadas mais de 80 espécies de árvores, como por exemplo, a Medicosma fareana, a Ceratopetalum succirubrum e a Castanospermum australe. Deste total, 70% revelaram um aumento no risco de mortalidade durante o estudo.
Os dados mostram que a partir dos anos 80, o risco de mortalidade aumentou de uma média de 1% ao ano, para 2%. Nos anos de 2006 e 2013 houve um maior número de mortes provocadas por eventos como ondas de calor e ciclones.
Assim, a expectativa de vida das árvores é reduzida e a captura de carbono por parte destas florestas também, duas consequências negativas numa época em que o combate à crise climática é essencial.
“As florestas tropicais são críticas para as alterações climáticas, mas também são muito vulneráveis às mesmas”, aponta o ecologista de plantas da Universidade de Oxford