Noruega chega ao incrível número de 80% dos carros novos em 2022 já elétricos
Batendo um recorde verde, quase quatro em cada cinco carros novos comprados na Noruega foram elétricos em 2022, o que representa 80% das vendas. Em 2021, o país escandinavo havia batido a marca de 64,5%. É isso que mostram dados da Federação Norueguesa de Estradas (OFV), com o topo do ranking sendo liderado pela montadora americana Tesla, que sozinha vendeu 138.265 veículos elétricos no ano passado – 79,3% do total.
“Nossa mensagem para o resto do mundo é clara: não há desculpa para a poluição desnecessária dos motores de combustão interna quando a crise climática é tão urgente de resolver”, disse Christina Bu, secretária-geral da Associação Norueguesa de Veículos Elétricos, ao CBS News.
O mês de dezembro superou as expectativas: os carros elétricos monopolizaram 82,8% das vendas e o motivo da alta é que os noruegueses correram para comprá-los antes de uma mudança tributária que entrou em vigor em janeiro de 2023. É que por lá, quem garantiu o seu elétrico em 2022, se beneficiou da isenção de impostos, além de serem cobrados taxas mais baixas por pedágios rodoviários e estacionamento público, uma das formas do governo incentivar a compra.
Com a mudança, a partir deste 1º de janeiro, a isenção de 25% do imposto sobre vendas na compra se aplica apenas às primeiras 500 mil coroas norueguesas (cerca de US$ 50.500) do preço. Segundo as autoridades, a medida foi tomada em razão da subsequente perda de renda para o estado e a popularização desses automóveis.
Grande produtora de óleo e petróleo, a Noruega vêm sendo pioneira em carros com emissão zero e a meta é que não haja mais nenhum movido à combustão até 2025. Em comparação com a União Europeia, os carros elétricos representaram apenas 8,6% dos registros de carros novos nos primeiros nove meses de 2022.
“Oito em cada 10 pessoas que escolhem totalmente elétricos em vez de motores de combustão é um passo considerável para a Noruega atingir sua meta climática de 100% de vendas de BEV [veículo elétrico a bateria] em 2025”, destacou Christina Bu.