Na última quarta-feira, 8, a Islândia anunciou a inauguração da maior usina do mundo projetada para capturar dióxido de carbono do ar e depositá-lo no subsolo, auxiliando no combate às mudanças climáticas.
Conheça a Orca
Constituída por oito enormes contêineres, a planta conta com ventiladores que “puxam” o ar para um coletor. Em seguida, um sistema de filtragem extrai o dióxido de carbono e o aquece a cerca de 100 °C para liberar o CO2 como um gás puro, enquanto libera nitrogênio, oxigênio e outros gases de volta para a atmosfera.
A partir daí, o CO2 isolado e altamente concentrado é misturado com água e bombeado para poços subterrâneos profundos, a uma profundidade de mil metros, para que, ao longo do tempo, se transforme em rocha, sendo armazenado permanentemente no solo. De acordo com as empresas responsáveis, todo o processo é alimentado por energia renovável.
Esperança para o clima
De acordo com o portal Fast Company, a tecnologia de captura de carbono do ar é custosa, mas continua a avançar a passos largos. A Climeworks ajustou o design do projeto para que a absorção aconteça em ciclos mais rápidos, capturando mais CO2 na mesma quantidade de tempo.
E, à medida que a empresa cresce, ela espera que os custos continuem caindo. Acredita-se que o setor siga o caminho dos painéis solares, cujos preços caíram 99% nas últimas quatro décadas. Alguns especialistas preveem que, com a combinação certa de suporte e implantação de políticas, os custos de captura direta de ar sejam reduzidos significativamente nos próximos cinco a dez anos.
Para fazer a diferença, no entanto, a Orca deve seguir um ritmo acelerado de crescimento: a atual planta pode capturar 4 mil toneladas de CO2 por ano, mas o mundo pode precisar capturar 10 bilhões de toneladas de CO2 por ano até a metade do século, segundo uma estimativa, para ter uma chance de limitar o aquecimento global a 1,5 °C e evitar alguns dos piores impactos das mudanças climáticas. A Orca, no entanto, representa uma esperança.
Saiba mais sobre a Orca no vídeo abaixo (em inglês):