Pesquisa da USP sugere que própolis pode reduzir tempo de internação por Covid
O própolis é conhecido e amplamente utilizado devido suas propriedades antimicrobiana, antifúngica, antiprotozoária, antioxidante e antiviral, mas uma nova pesquisa da USP de Ribeirão Preto sugere que ele também pode diminuir pela metade o tempo de internação de pacientes com Covid-19. Liderada pelo pesquisador Marcelo Silveira, a pesquisa foi realizada com 124 participantes hospitalizados no Hospital São Rafael, localizado na cidade de Salvador, na Bahia.
De acordo com o pesquisador, não se trata de prevenção da doença, mas de um tratamento para quem já está doente. Hormônio natural produzido pelas plantas, o própolis já é usado para diversos fins, mas a pesquisa mostra que as pessoas que não receberam própolis ficaram 12 dias internados, já as que receberam a substância por via oral, o tempo médio de hospitalização foi de seis a sete dias. Os pesquisadores acreditam que essa redução se deu porque o própolis pode interferir em uma proteína que está envolvida no próprio processo de disseminação do vírus no corpo.
O estudo também mostrou que quem não tomou o própolis apresentou 23,8% de lesões renais, contra 4,% das pessoas que ingeriram uma maior dosagem. Para quem não sabe, as lesões renais podem ser um fator de risco para os infectados com o novo coronavírus.
“Outro ponto importante de destaque na pesquisa é que as propriedades da própolis podem ajudar a reduzir os processos inflamatórios por inibição da PAK1, que está associada a uma maior necessidade de cuidados intensivos e com altas taxas de mortalidade”, explica o professor David de Jong, um dos autores do estudo. Os pesquisadores usaram um extrato de própolis feito pela Apis Flora de Ribeirão Preto, que contém própolis verde. De acordo com os pesquisadores, o próximo passo será a realização de um ensaio clínico duplo cego com placebo, envolvendo um grupo maior de pacientes.
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Fonte: Balaio do Bem
