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Projetos de combustíveis sintéticos para a aviação aumentam na Europa

Projetos de combustíveis sintéticos para a aviação aumentam na Europa
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Os projetos para produzir combustíveis de aviação sintéticos sustentáveis (SAF) estão a aumentar na Europa, mas os investimentos devem concretizar-se para permitir a descarbonização neste setor, apontou hoje a organização não-governamental (ONG) Transport & Environment (T&E) num estudo.

Quarenta e cinco projetos – 25 projetos industriais e 20 projetos-piloto – foram identificados na União Europeia (UE), Noruega e Islândia, ou seja, mais 17 do que em novembro de 2022, frisou a T&E.

Mas ainda nenhum foi objeto de uma decisão final de investimento.

“Devemos passar da teoria à prática e garantir que os projetos relacionados com o e-querosene realmente se concretizem, caso contrário a lei será apenas uma ilusão”, alertou Jérôme du Boucher, gestor de aviação da T&E, citado pela agência France-Presse (AFP).

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Os combustíveis sintéticos, também chamados de eletrocombustíveis ou e-combustíveis, são produzidos pela combinação de hidrogénio, produzido a partir de fontes livres de carbono, como energias renováveis ou nucleares, e dióxido de carbono (CO2), capturado no ar, em vapores industriais ou na combustão de biomassa.

No ano passado, a União Europeia impôs obrigações graduais para incorporar SAF – sintético ou de biomassa – no combustível de aviação para aviões que partem da UE, para reduzir as emissões do transporte aéreo.

Esta norma prevê uma taxa de incorporação de 2% de SAF em 2025, 6% em 2030, incluindo 1,2% de combustível sintético, até 70% em 2050, incluindo 35% de querosene sintético.

Os 25 projetos industriais identificados deverão permitir a produção de 1,7 milhões de toneladas de querosene sintético em 2030, mais do que a quantidade exigida por este horizonte pela UE, equivalente a 600 mil toneladas.

No entanto, os valores permanecem muito longe das necessidades identificadas para 2050, 35% do SAF sintético correspondendo a 18,8 milhões de toneladas, segundo a T&E.

Com uma produção planeada de 420.000 toneladas em 2030, a Noruega está na vanguarda dos projetos de e-combustível, à frente da França (305.000 toneladas), da Alemanha (304.000) e da Suécia (295.000).

Se os 45 projetos estiverem distribuídos por 10 países do Espaço Económico Europeu, a Itália, a Espanha e até a Polónia ficam para trás.

 

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Trajano Xavier

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