Raridade: Pinguim Loiro é Encontrado na Antártida
O Cabo Crozier, na Antártida, abriga uma das maiores colônias de pinguim-de-adélia do mundo, com até 600 mil aves reunidas nesta costa desolada. Para proteger a área, é necessária uma permissão especial para visitantes, tornando-a inacessível para turistas e cientistas comuns.
No entanto, em uma expedição turística da National Geographic, o fotógrafo Jeff Mauritzen teve a oportunidade de capturar imagens de um pinguim diferente de qualquer outro: um animal pálido, cujas penas pretas pareciam ter perdido a cor. Segundo especialistas, trata-se de um pinguim com leucismo, uma mutação genética que impede a distribuição de pigmentos por todo o corpo, resultando em uma coloração marrom-pálida ou loira.
Pinguins raros, porém conhecidos
Os pinguins com leucismo são raros, mas não desconhecidos. Diversas espécies de pinguins possuem essa condição, como o pinguim-de-barbicha, pinguim-saltador-da-rocha e o pinguim-macaroni. Algumas espécies de pinguins são mais propensas a mostrar leucismo do que outras. Em geral, os pinguins-gentoo são os mais propensos a serem leucistas, com uma taxa de ocorrência de 1 em 20 mil. Em seguida, aparece o pinguim-de-adélia, com 1 em 114 mil com características leucísticas, e os saltadores-da-rocha, com 1 em 146 mil.
De acordo com os cientistas, os pinguins com leucismo vivem vidas normais e não são rejeitados por seus conspecíficos. Também não são alvo de predadores em maior escala. O leucismo é uma mutação genética que afeta a pigmentação das aves, deixando-as predominantemente brancas. O pinguim-leucista pode produzir um pouco de pigmento, como é o caso do pinguim-de-barbicha loiro, que é predominantemente branco, mas tem algumas penas amareladas.
Jeff Mauritzen, um fotógrafo de vida selvagem, capturou imagens de um pinguim-rei com uma rara coloração clara durante uma expedição à Geórgia do Sul. Para ele, ver um pinguim com leucismo ainda é muito emocionante e surpreendente.