Reciclagem de materiais orgânicos: motivos para fazer uma composteira
Uma forma de fazer a nossa parte para a manutenção e melhoria do meio ambiente é inserir à rotina práticas sustentáveis. E, nesse caso, as composteiras domésticas podem ser grandes aliadas. Os talos dos legumes, cascas, se mentes de frutas e outros materiais orgânicos podem ser destinados para a compostagem e ter 100% dos resíduos aproveitados. Tudo de forma compactada, adequado para casas e apartamentos, gerando adubos orgânicos de alta qualidade que podem ser aplicados em horas ou plantas domésticas.
A compostagem é um processo biológico que acelera a decomposição da matéria orgânica, devido a ação dos microrganismos e animais invertebrados, tendo como resultado duas misturas: o húmus e o líquido biofertilizante. Essa ação sustentável não exige manutenção constante, nem grandes investimentos porque é possível fazer uma composteira com materiais simples. É um processo limpo, que não emite odores ou resíduos, ideal para quem deseja evitar desperdícios e ter adubo para uso próprio ou doar para hortas comunitárias.
A decomposição é um processo natural e essencial para a manutenção da vida na terra. Sem ela, a matéria orgânica e os nutrientes presentes nos seres que um dia já foram vivos, ficariam presos e inertes no solo. E é fundamental para a ciclagem da matéria orgânica, sem a decomposição, nosso planeta seria um grande depósito de seres vivos que morreram ao longo de milhares de anos. E os grandes responsáveis por tamanho feito, são os decompositores.
Nesse sentido, fazer uma composteira em casa contribui para o destino correto e ecológico aos resíduos domésticos da cozinha, colaborando de forma sustentável com o meio ambiente. Ainda que seja muito simples construir esse dispositivo, o seu impacto positivo no meio ambiente é grande.
EDUCAÇÃO AMBIENTAL
A compostagem pode ser uma excelente aliada para educação ambiental com crianças e adolescentes. Com uma composteira, o professor pode ensinar na prática como realizar e o que é o processo de compostagem, desde a construção do equipamento até os seus benefícios. Através disso, é possível engajar toda a comunidade estudantil no processo. A cantina da escola pode fornecer material orgânico para alimentar a composteira e o húmus gerado pelo processo de compostagem pode ser levado pelos alunos para utilizarem nas hortas e jardins das suas casas.
Essa é mais uma dica da campanha Práticas Sustentáveis, realizada pelo Grupo Diário em parceria com a Prefeitura de Santa Maria e o patrocínio da Corsan / Governo do Estado do Rio Grande do Sul, incentiva ações que possam impactar na conscientização da população quanto à importância de preservar o meio ambiente.
SOBRE O PROCESSO DE MONTAGEM DE UMA COMPOSTEIRA
TIPOS DE COMPOSTAGEM: Existe a vermicompostagem, que é o processo de reciclagem de resíduos orgânicos por meio da criação de minhocas, e a compostagem seca. A diferença entre os dois processos é o tempo de decomposição, porque a vermicompostagem é mais rápida, já que a compostagem seca, sem minhocas, onde somente os microrganismos presentes no solo fazem a decomposição.
PARA FAZER UM VASO COMPOSTOR COM MINHOCAS: Empilhe três caixas, ou baldes, de plástico e deixe o compartimento inferior vazio. Faça pequenos furos no fundo dos dois de cima, e forre com uma mistura de húmus e matéria seca (serragem, folhas ou grama seca). Se não conseguir comprar húmus, use terra vegetal preta.
Na caixa/balde de cima, coloque minhocas californianas, vendidas em lojas de jardinagem ou agropecuárias. Depois, adicione uma mistura de matéria seca e restos de comida: frutas, legumes, cascas de ovo, borra e filtro de café, sachê de chá etc. Evite laticínios e cítricos. Carne e fezes são proibidas.
Inverta as posições, ou seja, o compartimento cheio vai para o meio, onde as minhocas vão digerir os resíduos em paz. A caixa/balde que agora está em cima vai receber a nova remessa de lixo.
Após 30 dias, já é possível abrir a caixa do meio e recolher o adubo da decomposição. Quando for retirar o adubo do recipiente do meio, coloque-o em cima.
As minhocas odeiam luz e vão usar os furinhos para fugir para a nova caixa do meio, onde a nova remessa estará em decomposição. Na caixa inferior, pinga um chorume nutritivo para borrifar nas plantas. Se for fazer isso, dilua-o em água, porque ele é bem concentrado.
VASO SEM MINHOCAS: Esta é uma composteira mais simples, sem minhocas. Para fazê-la, comece com um galão de água de 5 litros. Faça pequenos furos na lateral e corte a parte de cima, que tem o gargalo. Não faça furos perto da base, porque haverá líquido acumulado. Preencha o vaso intercalando matéria seca com lixo orgânico (a matéria seca deve estar no fundo e no topo, necessariamente). Esse método exige bastante ar. Para isso, duas vezes ao dia, fure a mistura com um graveto e mexa com as mãos (ou com uma ferramenta comprida). Após 20 dias, já haverá adubo. Você pode removê-lo do vaso ou aproveitar que o vaso já está cheio para plantar os vegetais ali mesmo. Um belíssimo jardim de galões d’água no quintal.
Por Diário