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Seca severa na Itália revela navio naufragado na Segunda Guerra Mundial

Seca severa na Itália revela navio naufragado na Segunda Guerra Mundial
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A seca que atinge o Po, mais extenso rio da Itália, preocupa autoridades sobre o impacto na produção de alimentos e também na geração de energia pelas usinas hidrelétricas. O baixo volume no leito deste importante corredor hídrico de 650 km no norte do país vem trazendo à tona também lembranças da Segunda Guerra Mundial.

Nas redondezas da cidade de Gualtieri, a 150 km de Milão, uma barcaça usada para transportar mantimentos naufragou em 1943 e costumava ter apenas sua proa revelada, em momentos em que o rio baixava. Neste verão, é possível ver a embarcação inteira, como noticia a agência AP.

“É a primeira vez que podemos ver esta barcaça”, afirma Raffaele Vezzali, ciclista amador que parou para olhar o navio exposto. O Zibello, como é chamada a embarcação, tem 164 pés, o que equivale a 50 metros de comprimento.

Nesta que é considerada a pior seca a atingir o Po em 70 anos, os banhistas conseguem cruzar o rio a pé sem maiores problemas. A quantidade de neve no inverno já foi bastante abaixo da média no norte da Itália, e a região agora está há 110 dias sem chuva, com temperaturas cerca de 6°C acima do costumeiro.

“Hoje, estamos preocupados com a falta de água, que não serve apenas aos agricultores para irrigação, mas também para produção de energia e nutrição humana”, disse Renzo Bergamini, prefeito de Gualtieri, ao jornal britânico The Guardian. Moradores de 125 cidades ao longo do rio vem sendo alertados a racionar água potável.

Ao longo do seu curso, o rio fornece água para a produção agrícola, desde tomates a uvas e queijo parmesão. A região, também conhecida como “vale da comida”, é responsável por cerca de 40% dos alimentos produzidos pelos italianos, segundo a AP.

Usinas hidrelétricas também dependem da água do Po para produzir energia. Cerca de 55% da energia hidrelétrica da Itália vem do rio e seus afluentes.

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Trajano Xavier

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