So+ma: em Curitiba e Salvador, população pode trocar lixo reciclável por alimentos, cursos e kits de higiene pessoal
A startup de impacto socioambiental So+ma permite que qualquer pessoa acumule pontos de vantagem ao trazer materiais recicláveis. Os benefícios a serem resgatados variam de cursos profissionalizantes a produtos essenciais, como alimentação e kits de higiene pessoal. Salvador e Curitiba, por enquanto, possuem sedes da iniciativa.
O negócio ajuda no aumento da reciclagem nas cidades e oferece benefícios para a população. Em Curitiba, por exemplo, este índice está atualmente em torno de 5,7%, de acordo com dados de um relatório técnico produzido na Universidade Tecnológica Federal do Paraná, a UTFPR. Em Salvador, segundo o IBGE, o índice é de 1%. “A so+ma nasceu a partir de uma solução para o problema de reciclagem no país e com a vontade de mudar o comportamento do brasileiro em relação aos resíduos, incentivando hábitos sustentáveis”, conta a fundadora e cientista comportamental, Claudia Pires.
Em Curitiba, a So+ma conta com uma casa funcionando na área industrial do município e, no Dia Mundial do Meio Ambiente, abriu outra na região do bairro Vila Verde. Na cidade, a startup conseguiu receber mais de 216,3 toneladas de materiais para a reciclagem, sendo que o resíduo mais recebido foi o vidro, somando mais de 87,6 toneladas.
Já em Salvador, onde a startup contará com 8 casas ainda neste mês de agosto, 4,4 famílias já participaram da iniciativa, levando seus resíduos até as casas So+ma, acumularam pontos e trocaram por cursos e alimentos básicos. Desde que foi implantada na capital baiana, a iniciativa arrecadou mais de 377,2 toneladas de materiais. A expectativa agora é de dobrar esse número a partir dos novos postos de recebimento. A iniciativa beneficia ainda as cooperativas locais, gerando emprego e melhores condições de trabalho, sem possibilidade de reaproveitamento.
TROCA DE PONTOS POR CURSOS
A baiana Doralice dos Santos conseguiu somar pontos e trocar por um curso de digitação para o neto Jeferson Ferreira dos Santos, de 11 anos. “Eu não tinha condição de pagar o curso e ele queria muito melhorar a digitação, então eu fui me informar em uma casa So+ma. A atendente disse que se eu conseguisse ter 3 mil pontos, eu poderia trocar por um curso para o meu neto. Então, corremos atrás de garrafas, sacos plásticos e, no final, conseguimos 6 mil pontos. Deu para trocar pelo curso e ainda distribuir os pontos com a minha vizinha”, orgulha-se a avó.
Mais informações aqui: https://somosasoma.com.br/#/inicio
Assista, abaixo, ao vídeo do projeto: