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Takahe Ave, ave pré-histórica considerada extinta, volta a habitar Ilha Maori na Nova Zelândia

Takahe Ave, ave pré-histórica considerada extinta, volta a habitar Ilha Maori na Nova Zelândia
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O takahē, uma ave pré-histórica que já foi considerada extinta, volta a habitar ilha Māori na Nova Zelândia. Essa ave tem um significado cultural e espiritual para os Ngāi Tahu, a tribo Māori da maior parte da Ilha sul da Nova Zelândia, que a consideram um tesouro e por isso servem como seus guardiões.

Após ter sido redescoberto em 1948, o governo neozelandês investiu inúmeros esforços para salvar a espécie de uma possível extinção. O programa de conservação, que envolve a reprodução em cativeiro, reintrodução de indivíduos na vida livre e a translocação entre ilhas, é o mais longo do país. Recentemente, 18 takahēs foram soltos no Vale de Greenstone, em Whakatipu Waimāori, uma área de propriedade da tribo Ngāi Tahu, onde essas aves coloridas não eram mais observadas há mais de 100 anos. Com essa soltura, será estabelecida a terceira população de takahēs em vida selvagem na Nova Zelândia.

Quem é o takahē?

O takahē é uma espécie de ave endêmica da Nova Zelândia que não voa. Junto com outras aves terrestres, como o kākāpō, o takahē evoluiu sem predadores terrestres em seus habitats naturais por muitos séculos, até a chegada dos europeus na Oceania. Com cerca de 50 cm de altura e pesando entre 2,3 e 3,8 kg, o takahē é a maior espécie viva dos ralídeos, família que inclui as saracuras, galinhas-d’água e carquejas.

O takahē tem pernas vermelhas e um bico grande e forte na mesma cor. Suas penas variam de um azul escuro na cabeça, pescoço e peito até tons de turquesa iridescente e verde oliva em suas asas e costas. As asas só são usadas para exibição durante o namoro ou como demonstração de agressão. A fêmea pode ter de um a dois filhotes por ano. Na natureza, a expectativa de vida do takahē é de 16 a 18 anos.

A espécie é conhecida desde a era pré-histórica do Pleistoceno, como indicado por restos fósseis. Atualmente, o takahē é uma espécie ameaçada de extinção, com uma população estimada em cerca de 450 indivíduos vivendo em áreas protegidas da Nova Zelândia. O governo da Nova Zelândia tem trabalhado para proteger e aumentar a população de takahēs, incluindo programas de reprodução em cativeiro e reintrodução na vida selvagem.

Em 2018, foi realizada a primeira reintrodução de takahēs na vida livre em mais de 100 anos. A reintrodução foi um sucesso, com as aves se adaptando bem ao seu novo ambiente e se reproduzindo com sucesso. O Departamento de Conservação do Governo da Nova Zelândia tem sido fundamental para a proteção e conservação do takahē e de outras espécies ameaçadas de extinção na Nova Zelândia.

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Trajano Xavier

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