Tucano raro é avistado em Parque Estadual no Pará
Espécie é de extrema importância para o parque, já que faz parte da lista de ameaçados de extinção
Dois registros foram feitos, no Parque Estadual do Utinga (Peut), do araçari-de-pescoço-vermelho (Pteroglossus bitorquatus), tucano que pertence à família Ramphastidae, que engloba os tucanos e araçaris. A espécie é de extrema importância para o parque, já que faz parte da lista de ameaçados de extinção.
A primeira aparição foi durante a aula prática do Curso de observação de aves realizado pelo Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio) e Secretaria de Estado de Turismo (Setur). Segundo o professor Danielson Aleixo, que ministrou o curso, durante a aula prática, ele e os alunos estavam se deslocando por uma floresta de capoeira e um dos alunos identificou um araçari que estava em uma copa de uma árvore entre as folhagens.
Ainda conta que olhou pelo binóculo e viu que o pescoço era vermelho e depois discutiu com os alunos sobre a ecologia e comportamento da ave e que era uma espécie ameaçada de extinção. “Na aula teórica eu mostrei pra eles as três espécies de araçari, chamando atenção para a diferença morfológica entre eles que é no bico, sendo que uma espécie tem o bico riscado, outra o bico branco”, explicou Danielson.
A segunda vez foi vista pelo biólogo, Arnold Maia, que avistou a espécie por volta das 16h20, perto do rio Água Preta. Um bando com cinco indivíduos se alimentando de ajiru nas capinaranas. “Encontrei durante as atividades de monitoramento do projeto “Flora do Utinga”.
Ivan Santos, gerente da região de Belém, conta que o avistamento dessas espécies em extinção no parque mostra a importância da preservação do meio ambiente e do nosso papel na gestão das unidades de conservação, protegendo as florestas e consequentemente a fauna existente, sendo primordial para isto o desenvolvimento de ações de educação ambiental e de ecoturismo para estimular a prática de observação de aves.
A presidente do Ideflor-Bio, Karla Bengtson, disse que, com o registro, se mostra a importância do Instituto no papel na gestão das Unidades de Conservação. “São espaços com grande relevância para a manutenção da diversidade biológica, preservação do meio ambiente, além da proteção de espécies ameaçadas de extinção, visto protegerem o habitat essencial para a sobrevivência das espécies da fauna brasileira”, finalizou.
Fonte: Portal Amazônia