Upcycling: mochilas são fabricadas com pipas de kitesurf
As pipas de kitesurfe são extremamente resistentes e leves. Outra característica do equipamento é o visual colorido que impressiona quem vê a pipa aberta no céu. Seria um desperdício que este material terminasse no lixo depois que não estivesse mais sendo usado no esporte – é aí que entra o upcycling, dando um novo uso para as pipas.
A Alme, marca de sapatos carbono neutro, se uniu à Atoll Circle, marca de vestuário focada na circularidade e durabilidade, e à Kitesurf Adventure, escola do professor e kitesurfista Otávio Frasca, para criar uma mochila feita a partir de pipas antigas de kitesurf.
A matéria prima são doações dos alunos da Kitesurf Adventure, guardadas há mais de 14 anos. Todas estas pipas deixam de ser resíduos e se transformam em um novo produto.
Para a fabricação das mochilas, foi realizado um processo de Análise de Ciclo de Vida, feito pela consultoria Upcycle, para que a pegada de carbono fosse calculada e cada pipa fosse reaproveitada ao máximo em todas as superfícies, inclusive no acabamento dos zíperes.
A mochila possui passaporte digital, uma tecnologia que rastreia a origem e cadeia produtiva dos materiais das peças, oferecendo todas as informações sobre o produto, incluindo sua origem, materiais, processos produtivos e pegada de carbono.
Cada pipa pode gerar em média 12 mochilas, que se tornam produtos únicos. O design é funcional e minimalista para valorizar a identidade visual principal da matéria-prima, aproveitando a paleta original de cores das pipas.
O zíper é de acabamento robusto, oferecendo mais resistência à mochilaRe-kite. Ela também possui bolsos externos e um bolso interno para colocar o notebook e outros objetos.
A mochila já está disponível nas lojas Alme Oscar Freire e Iguatemi e na loja da Atoll na Vila Nova Conceição.
Pipas também se transformam em jaquetas
Outra marca que vem reaproveitando as pipas de kitesurfe é a Kitecoat, idealizada por um casal de velejadores. Alexandre Rezende e Paula Lagrotta perceberam que muitas pessoas não se desfaziam do material, que é caro e tem também um valor afetivo, e acabavam deixando as pipas “enconstadas” em algum canto.
Para que elas ganhassem um novo significado, eles desenvolveram jaquetas exclusivas que podem ser encomendadas pelos antigos donos da pipa, ou podem ser compradas no site da marca. Com a produção das jaquetas, Alexandre e Paula dão um novo destino a um material que pode levar até 300 aos para se decompor na natureza.
Por Ciclovivo