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Empresas celebram decisão que proíbe testes de cosméticos e produtos de higiene pessoal em animais

Empresas celebram decisão que proíbe testes de cosméticos e produtos de higiene pessoal em animais
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o Brasil deu um importante passo para o fim da crueldade animal ao publicar, por meio do Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (Concea), resolução que proíbe o uso de animais vertebrados em pesquisa, desenvolvimento e controle de cosméticos, produtos de higiene pessoal e perfumes.

Para a líder global de Pesquisa e Desenvolvimento da Natura (P&D), Roseli Mello, a medida responde a uma demanda premente da sociedade e está alinhada à crença da companhia de valorização da vida, em todas as suas formas. A Natura não testa em animais desde 2006 e conta com a certificação do Programa Leaping Bunny, da Cruelty Free International, e da PETA (People for the Ethical Treatment of Animals). A empresa foi a primeira na América Latina a obter essa certificação.

“Celebramos essa resolução, que vale para ingredientes e compostos que já possuam segurança e eficácia comprovadas cientificamente. Nos casos em que as fórmulas sejam novas e não tenham ainda evidência de segurança ou eficácia, a norma estabelece a obrigatoriedade do uso de métodos alternativos reconhecidos pelo Concea. Na Natura, isso já é uma realidade há 17 anos por meio de investimentos robustos em inovação e tecnologia para o desenvolvimento de metodologias substitutivas a testes em animais, algumas inéditas no Brasil”, diz Roseli.

Um dos modelos de avaliação de segurança mais disruptivos desenvolvidos pela Natura, em parceria com o LnBio (Laboratório Nacional de Biociências do CNPEM – Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais), é o human-on-a-chip, no qual são combinados miniórgãos biofabricados em laboratório e que mimetizam tecidos de órgãos humanos, criando um sistema microfisiológico que reproduz o funcionamento do organismo. O sistema miniaturizado é ativado por um fluxo de líquidos e soluções entre os miniórgãos que imita a circulação sanguínea e permite aos cientistas avaliar o efeito de um produto ou ingrediente tanto dentro do corpo (órgãos) quanto fora (pele), ao mesmo tempo.

A tecnologia, em estudo desde 2019, é fundamental para o desenvolvimento e a aprovação de matérias-primas originais, pois permite análises bastante específicas e aprofundadas. “A aplicação do método agora passa a ser empregada rotineiramente e de forma pioneira nos testes de segurança realizados pela Natura”, finaliza Roseli.

Natura &Co não realiza testes em animais

Além da Natura, as marcas The Body Shop e Avon, que também compõem a holding Natura &Co, não realizam testes em animais, utilizando-se dos mais variados métodos alternativos para garantir a segurança das formulações, como testes in vitro, modelos computacionais avançados, pele sintética 3D criada em laboratório e testes de alergia em voluntários humanos.

Para The Body Shop, o bem-estar animal é uma causa importante desde a sua fundação, em 1976. Pioneira no ativismo contra testes desta natureza, em 2021, a empresa anunciou que se tornará 100% vegana com todos os seus produtos certificados pela The Vegan Society até este ano. Atualmente, mais da metade da meta foi alcançada e seu portfólio é 60% vegano.

A Avon é outra marca da holding que mantém um forte posicionamento global contra os testes em animais e atua ativamente, há 30 anos, no apoio e fortalecimento de organizações científicas, como o Institute for In Vitro Sciences – Instituto de Ciências In Vitro (IIVS), o Fundo para Substituição de Animais em 11 Experiências Médicas (FRAME) e a Humane Society International (HSI). Como resultado deste movimento, foi reconhecida pela PETA ao entrar na lista de empresas que trabalham por mudanças regulatórias. Em 2019, tornou-se, ainda, a primeira empresa global de beleza com operações na China a eliminar completamente os testes em animais para todos os ingredientes, em todas as linhas de produtos, em qualquer lugar no mundo.

Foto – Pixabay
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Trajano Xavier

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