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Salvar mariposas é tão importante quanto as abelhas, conclui estudo

Salvar mariposas é tão importante quanto as abelhas, conclui estudo
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Um novo estudo indica que as mariposas devem ter a mesma quantidade de atenção que as abelhas no risco de serem extintas. Segundo estudo da Universidade Sheffield, na Inglaterra, publicado na revista Ecology Letters nesta segunda-feira (5), esses insetos estão sob pressão da urbanização e aparentam ser menos resistentes do que as abelhas, devido ao seu ciclo de vida complexo e necessidades mais específicas.

Nos últimos 50 anos, a abundância de mariposas no mundo caiu 33%, Isso é preocupante porque esses insetos respondem por um terço das visitas de polinizadores a plantações, flores e árvores em áreas urbanas.

Segundo Stuart Campbell, autor sênior do artigo, existem cerca de 250 espécies de abelhas no Reino Unido, as quais são bem catalogadas. Por outro lado, existem mais de 2.500 espécies de mariposas no país, mas a ciência sabe menos sobre elas. “Nosso estudo descobriu que em áreas mais urbanizadas a diversidade de pólen sendo carregado por mariposas e abelhas diminui, o que significa que os polinizadores urbanos podem ter menos recursos florais disponíveis para eles”, comenta Emilie Ellis, principal autora da pesquisa, em nota.

A equipe também constatou que abelhas e mariposas visitam comunidades de plantas significativamente diferentes. Para conseguir rastrear quais espécies de plantas as mariposas polinizam, os pesquisadores realizaram sequenciamento de DNA para identificar o pólen que fica preso nas mariposas noturnas.

As mariposas carregam mais pólen do que se pensava e visitam mais tipos de árvores e frutas do que o catalogado previamente. Ademais, o estudo conseguiu aprender quais espécies de plantas podem ser as melhores fontes de alimento para diferentes insetos, especialmente mariposas adultas.

Ellis diz que a pesquisa demonstra o quão cruciais são as mariposas na polinização, inclusive de plantações, e que o estudo tem implicações para iniciativas de jardinagem amigáveis ​​à vida selvagem, planejadores urbanos e formuladores de políticas responsáveis ​​pelo desenvolvimento de espaços verdes em cidades ou horticultura urbana.

Outro ponto é a proteção de espaços verdes já existentes e permitir que eles se desenvolvam de uma forma para além da conservação das abelhas, mas também permita variedade diversificada de vida selvagem.

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Trajano Xavier

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