Filme narrado em guarani retrata história e desafios de aldeia indígena em São Vicente, SP
O documentário ‘Nhãndê kuery mã hi’ãn rivê hê’yn’ (Índio não é fantasia) retrata a história e os desafios enfrentados pela aldeia indígena Paranapuã, localizada em São Vicente, no litoral de São Paulo. Narrado em guarani pelo cacique Wêrá Mirim, o filme é dirigido por Dino Menezes e foi exibido em uma pré-estreia na última quarta-feira (29), no Teatro Rosinha Mastrângelo, em Santos (SP).
Parte de um projeto com duas obras cinematográficas, o segundo curta-metragem será totalmente em português e abrangerá o marco temporal em Brasília (DF) para a demarcação de terras. O filme em guarani pede pela demarcação das terras e aguarda a votação da tese pelo Supremo Tribunal Federal (STF) para sua estreia oficial.
“Índio não é fantasia”
O documentário “Nhãndê kuery mã hi’ãn rivê hê’yn’” aborda a história e os desafios atuais da aldeia indígena Paranapuã, localizada em São Vicente, no litoral de São Paulo. Narrado em guarani e legendado em português, o filme mostra a cultura e o cotidiano da comunidade, além de destacar o desafio da preservação das tradições da etnia e da natureza.
A produção do filme contou com a parceria de Nildo Ferreira, a pesquisa foi elaborada por Rafael Moreira e Simone de Marco, e a trilha sonora foi feita pelos próprios indígenas, com captação e finalização de Brayan Gori. A produção é de Vanessa Rodrigues Aguiar, que também cuida da direção de arte, e Estela Magalhães é a responsável pela direção de produção. A direção de fotografia é de Fabiano Keller e Michel Custódio, e a produção executiva foi realizada por Leandro Taveira.
O filme ainda teve apoio do 9° Concurso de Apoio a Projetos Culturais Independentes no Município de Santos, com aporte do Fundo de Assistência à Cultura (Facult).
A história de resistência dos Guarani pelo direito à terra, garantida na Constituição de 1988, é a linha de condução do documentário. A produção reforça a importância da cultura e tradição do povo originário e conta com a participação da ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, com suas falas legendadas em tupi.
O filme foi exibido em uma pré-estreia no Teatro Rosinha Mastrângelo, em Santos (SP). A produção é uma importante contribuição para a valorização da cultura e tradição indígena e para a conscientização sobre a importância da preservação da natureza.
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