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20 curiosidades sobre a Amazônia

20 curiosidades sobre a Amazônia
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Em 2021, a campanha “O que você faz Importa”, da National Geographic,  teve como foco a conscientização sobre as Mudanças Climáticas, além de continuar inspirando a prática de hábitos mais sustentáveis. Na ocasião, com o Dia da Amazônia, celebrado em 5 de setembro, a National Geographic reuniu curiosidades sobre o maior bioma do mundo reforçando a mensagem da urgência de sua conservação.

Compartilhamos novamente estas curiosidades sobre a Amazônia, porque a floresta ainda corre risco e segue sendo ameaçada pela ação humana – da agropecuária ao garimpo, passando pelo desmatamento ilegal e violação dos direitos dos povos da floresta, seus grandes guardiões.

As informações abaixo são encontradas no site oficial da National Geographic Brasil, que também conta com uma página dedicada à Amazônia, na qual o público encontrará uma gama de informações sobre a região, além de contar com matérias especiais assinadas pelos exploradores National Geographic, que atuam na linha de frente de projetos de pesquisa e exploração, ajudando a expandir o conhecimento do público e gerando soluções para um futuro mais sustentável. Confira abaixo:

  1. Nove países e nove estados: A Amazônia é a maior floresta em território, ocupando cerca de nove países: Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana Francesa, Paraguai, Peru, Suriname e Venezuela e no Brasil. No território brasileiro, o bioma ocupa nove estados: Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Roraima, Rondônia, Tocantins e parte do Maranhão e do Mato Grosso, o equivalente à quase metade do território nacional.
  1. Flora amazônica exclusiva: A Vitória Régia é uma planta típica da região e se destaca por ser uma das maiores plantas aquáticas do mundo. Uma única folha dela pode chegar a um diâmetro de até 33 centímetros.
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Foto: Marzena P. | Pixabay
  1. Um pequeno país: Com cerca de 5.500 quilômetros quadrados, se a Amazônia fosse um país, seria o sétimo maior do mundo, ficando atrás da Austrália (7.692 km²) e à frente da Índia (cerca de 3 mil km²).
  1. Rios voadores: A alta umidade do ar na região amazônica tem uma relação direta com a quantidade de árvores que lá existem. São cerca de seis mil espécies conhecidas, sendo que algumas delas têm raízes que conseguem penetrar cerca de 30 metros o solo, retirando assim toda a água necessária. Os troncos e galhos funcionam como tubulações levando essa água até as flores, que por sua vez transpiram e jogam toda essa umidade no ar. Cada árvore chega a bombear cerca de 500 litros de água no ar por dia, totalizando 20 bilhões de toneladas de água lançados no ar diariamente na Amazônia. Parte dessa água volta ao solo em formato de chuva e outra parte é transformada nos “rios voadores”, representados em grandes nuvens que sobrevoam a região.
  1. Ar-condicionado do mundo: Ao contrário da informação de conhecimento popular que a Amazônia contribui com 20% do oxigênio na atmosfera, o bioma – na verdade – contribui com cerca de 20% do oxigênio produzido pela fotossíntese no planeta. Em seu estado mais primitivo, a Amazônia faz uma contribuição significativa para retirar o dióxido de carbono da atmosfera, o que não chega a ser um par de pulmões, e sim se assemelha a um ar-condicionado gigante que resfria o planeta.
  1. Alagamentos emergenciais: Assim que os afluentes amazônicos atingem os seus níveis mais baixos, as chuvas torrenciais começam a cair com uma força brutal. Em um espaço de poucos meses, a floresta fica submergida, chegando a quase 30 metros de alagamento na selva, que é suficiente para cobrir um edifício de dez andares.
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Foto: Sébastien Goldberg | Unsplash
  1. Selva Submarina: O interesse em cultivar florestas capazes de absorver as emissões de carbono, as florestas subaquáticas, começa a aumentar na região amazônica. Cada vez mais, pesquisas documentam o potencial das plantações de algas marinhas no combate às alterações climáticas. As selvas submarinas de algas e macroalgas de crescimento rápido são altamente eficazes em armazenar carbono e ajudam a mitigar a acidificação, desoxigenação e outros impactos marinhos do aquecimento global.
  1. Uma espécie por dia: A Amazônia brasileira é tão cheia de vida que os exploradores têm descoberto novas espécies de plantas ou animais quase que diariamente. Esta é a conclusão de um estudo de dois anos sobre as espécies recém-descobertas, conduzido pela World Wildlife Fund (WWF). Só em 2017, foram encontradas 216 novas espécies de plantas, 93 de peixes, 32 de anfíbios, 19 de répteis, uma ave e 18 mamíferos.
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Araçari-mulato, ave amazônica. Foto: iStock
  1. Maior volume de água do planeta: A Amazônia é cortada pelo rio Amazonas, responsável por drenar mais de sete milhões de quilômetros quadrados de terras e com vazão anual média de 176 milhões de litros de água por segundo, dando a ele o pódio de maior rio em volume de água do mundo. Na foz, o rio produz 100 milhões de litros d’água por segundo.
  1. Fruto típico amazônico: o fruto do Guaraná foi descoberto em 1821 por Humboldt em tribos indígenas do município hoje chamado de Maués. Os índios da região consideravam o guaraná sagrado e utilizavam a pasta do fruto como remédio.
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Guaraná da Amazônia. Foto: PPA
  1. A economia verde: A economia com baixa emissão de carbono é uma das grandes impulsionadoras da economia Amazônica, fazendo a região dar um salto em sua participação no Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.
  1. Maior manguezal: A costa amazônica possui o maior número de manguezais no Brasil. Cerca de 80% dos manguezais do país se encontram na região, sendo característicos por abrigarem uma enorme deposição de material lamoso cheio de nutrientes.
    manguezais Amazônia
    Foto: Rafael Araujo Curuca Peabiru
  1. Rio subterrâneo: Cientistas descobriram que existe um rio subterrâneo embaixo do Rio Amazonas, batizado de Hamza em homenagem ao pesquisador Valya Hamza. Ele se encontra a quatro mil metros de profundidade, conta com seis mil quilômetros de extensão e corre no mesmo sentido do Rio Amazonas.
  1. Super peixes: Na Amazônia é onde se encontra o maior número de peixe elétrico. Capaz de produzir descargas que variam entre 300 e 1.500 volts, suficiente para matar um cavalo, a espécie chega a medir três metros e podem pesar 30 quilos.
  1. Areia desértica: A Floresta Amazônica recebe areia do deserto do Saara por meio dos ventos, que levam minerais que fertilizam o solo amazônico.
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Foto: Reprodução YouTube
  1. A onda gigante: A palavra Pororoca foi adotada para se referir a um dos mais impressionantes fenômenos da natureza, que ocorre quando as águas do mar se encontram com um rio e formam uma grande onda que pode atingir até 4 metros de altura e durar até uma hora e meia, avançando 50 quilômetros no rio Amazonas adentro.
  1. Povo Indígena:  Um dos maiores símbolos da Amazônia são as tribos indígenas, presentes na região muito antes do Brasil ser colonizado. Atualmente, os maiores grupos de índios da Amazônia são os Guaranis, Xerentes, Amawákas, Anambés, Kambebas e os Aruá. No entanto, há mais de 200 diferentes etnias espalhadas por todo o Brasil.
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Foto: Ricardo Stuckert
  1. Inseto enorme: Você sabia que na Floresta Amazônica existe uma centopeia gigante (Scolopendra Gigantea) que se alimenta de sapos, grilos, pássaros, cobras, entre outros animais de porte grande?
  1. Flora aquática: Na Amazônia são encontrados duas espécies de botos, conhecidos como golfinhos de água doce: o cor-de-rosa e o boto-preto. Além disso, nos rios amazônicos, concentram-se cerca de 85% dos peixes de toda a América do Sul.
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    Foto: Fernando Trujillo | Fundação Omacha
  1. Legado de Chico Mendes: 32 anos após sua morte, o seringueiro Chico Mendes continua como o maior símbolo da luta dos povos extrativistas pelo uso das terras que ocupam há décadas, em específico, e pela preservação da Amazônia, num âmbito geral.

E ainda tem mais! Os exploradores da National Geographic apresentam mais algumas informações que você (provavelmente) não sabia sobre a Amazônia.

A Amazônia (e o Rio Amazonas) tem 10 milhões de anos. Julia Tejada, paleontóloga e exploradora da Nat Geo, conta que a origem da Amazônia está ligada à ascensão dos Andes, ou seja, sem os Andes não haveria Amazônia e/ou sua flora e fauna.

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A Amazônia é a principal fonte de biodiversidade neotropical.  Segundo Julia, muitos estudos mostram que a maioria das espécies existentes em outras partes região neotropical – que se estende aproximadamente do sul do México ao sul do Brasil – teve origem na Amazônia.

Rio Negro Amazônia
Rio Negro, Amazônia. Foto: Natasha Olsen

Um dos eventos mais importantes na Amazônia é o “pulso de inundação”. Fernando Trujillo, biólogo marinho e explorador da Nat Geo, conta que – graças às chuvas abundantes nos Andes – o nível dos rios pode aumentar até 15 metros verticalmente e milhares de quilômetros planos. Portanto, todas as espécies que vivem na Amazônia estão adaptadas a isso e, quando o nível da água começa a subir, os peixes, por exemplo, se preparam para fazer migrações reprodutivas.

Um único hectare de floresta alagada pode produzir até 20 toneladas de sementes e frutas por ano, o principal alimento para muitos peixes.  Ao mesmo tempo, quando a floresta atinge seu nível máximo de inundação, a maioria das árvores libera seus frutos para dispersá-los. Portanto, quando a floresta é desmatada, os peixes são diretamente afetados.

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Você sabia que os botos da Amazônia podem mudar de cinza para rosa muito intenso em poucos minutos? Fernando Trujillo menciona que os botos, assim como os humanos quando fazem atividade física, enviam muito sangue para os vasos sanguíneos periféricos para regular a temperatura.  Diante disso, os humanos avermelham a pele e os botos, por outro lado, adquirem uma tonalidade muito rosa. Entretanto, nem todos eles mudam de cor e isso parece ser influenciados pelos fenótipos, também assim como nos humanos.

castanha do Pará
Terreno e castalhal do coletor e associado da ASSOAB (Assossiação dos Agropecuários de Baruri) Pedro Castro, localizado na zona rural do município de Beruri, Amazonas, Foto: Bruno Kelly

Muitas plantas e animais da Amazônia são a base de alguns medicamentos que usamos e também podem ser o futuro da segurança alimentar do planeta. Por exemplo, o inseto medicinal mais usado na Amazônia também é muito rico em proteínas, conforme conta Rosa Vásquez Espinoza, bióloga química e exploradora da Nat Geo. Recentemente, o uso tradicional do escarabajo suri ficou conhecido por, além de tratar diversas doenças respiratórias, também contribuir em termos de benefícios nutricionais devido ao seu alto teor proteico.

Estima-se que em quatro séculos de mineração na Amazônia, mais de 200 mil toneladas de mercúrio foram descarregadas nos rios. Mercúrio é usado para separar o ouro dos sedimentos. Muitas vezes a compra de ouro promove a mineração ilegal na Amazônia com processos sérios de desmatamento e poluição por mercúrio.

Fonte: Ciclo Vivo

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Trajano Xavier

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