Marca brasileira lança linha de óculos feitos de lixo reciclado dos oceanos
A Chilli Beans, uma das maiores revendedoras de relógios e óculos de sol da América Latina, está lançando uma linha de óculos feitos de lixo retirado dos oceanos. A matéria-prima dos produtos é o nylon, vindo das redes de pesca descartadas incorretamente no mar, além de outros resíduos (como o plástico). De acordo com a empresa, o objetivo é “atingir sua missão em prol da sustentabilidade”, feita em parceria com a ONG Eco Local Brasil, que apoia a remoção de lixo e promove ações de limpeza em praias e outros pontos litorâneos do Brasil.
A nova linha de óculos sustentáveis visa o fomento de tecnologias que priorizem o meio ambiente e, com isso, minimizem os impactos dos resíduos descartados pelas operações. Ao mesmo tempo, essa iniciativa desafia o próprio setor da moda, que ainda é muito criticada por suas coleções sazonais, com produtos rapidamente substituíveis. Segundo a Chilli Beans, os óculos feitos de nylon e plástico reciclado começaram a ser desenvolvidos há 3 anos, quando o fundador da marca, Caito Maia, passou a investir em pesquisas e desenvolvimento de materiais sustentáveis e resistentes para as coleções.
“Nossos designers ficaram anos pesquisando o método ideal para desenvolver a linha ECO. Tudo porque fizemos questão de proporcionar um produto reciclado, com máxima qualidade e estilo, e que superasse todas as expectativas. Todas as peças têm como base de matéria-prima o nylon, vindo das redes de pesca que são jogadas no oceano”, disse Caito. Boa parte do lucro obtido com as vendas será revertida à ONG Eco Local Brasil e seus projetos de limpeza e educação ambiental.
A longo prazo, a ideia é que a coleção se torne contínua, com novos modelos anunciados todos os anos, pegando carona na percepção de que o mercado para os produtos amigáveis ao meio ambiente é muito maior do que as pessoas pensam. “Ser sustentável vai muito além do reciclar, são verdadeiras mudanças de hábito. É olhar para o que você consome e saber o que gera resíduos no mundo e pode ser substituído”, concluiu Caito.
Fonte: The Greenest Post