Favela Marte, no interior de SP, será 1ª do Brasil a produzir própria energia
Por meio do projeto Favela 3D – sigla para Digital, Digna e Desenvolvida, – a Favela Marte, localizada em São José do Rio Preto (SP), será a primeira do Brasil a produzir sua própria energia, por meio de placas solares com total autossustentabilidade.
A iniciativa está sendo liderada pela ONG Gerando Falcões e vai contemplar 240 residências na comunidade por meio da instalação de placas.
De acordo com o portal “Terra”, o equipamento e instalação será custeado pelo Banco BV e o Meu Financiamento Solar, plataforma digital centrada em projetos solares para pessoas físicas e jurídicas.
Hoje, o projeto da comunidade Marte é a mais avançada entre todas as demais.
E mais do que garantir a geração de energia do local, o projeto buscará reurbanizá-lo por completo, graças a uma parceria com o governo do Estado de São Paulo.
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Centenas de casas populares serão construídas para receber os equipamentos.
O investimento será duradouro, uma vez que cada família contemplada terá uma economia de R$ 4 mil a R$ 6 mil por ano com gastos de luz.
Ao todo, o investimento chegará a R$ 58 milhões, divididos entre o governo paulistano, a prefeitura de São José do Rio Preto e a Gerando Falcões.
Apoio à iniciativa
A iniciativa privada também tem apoiado o projeto, como a BV, a siderúrgica Gerdau e o banco Bradesco. “Marte será a primeira favela solar e vamos entender o sucesso dela para entender como escalar esse projeto para favelas de todo o Brasil”, afirmou Nina.
“Queremos apoiar a transformação de energia no Brasil e também tem uma questão social importante, pois faremos o treinamento de instaladores das placas na própria comunidade”, disse Tiago Soares, gerente executivo de sustentabilidade da BV.
Por fim, Nina estima que o projeto Favela 3D gere até 350 empregos na comunidade. “Estamos trabalhando em um curso de lideranças comunitárias para ajudar as transformações. É a forma de garantir que essas 240 famílias façam parte da solução”, completou.
A instalação dos painéis solares e a construção das casas populares deve se estender até 2023.
Fonte: Canal Solar
Fotos: Victor Natureza / Divulgação