Território Secreto

sua fonte de notícias especiais

Deskbee fecha parceria com Bee or not to Be: ONG busca chamar atenção para a preservação das abelhas

Deskbee fecha parceria com Bee or not to Be: ONG busca chamar atenção para a preservação das abelhas
0Shares

Segundo a ONG, 85% de todas as áreas verdes dependem da atividade de polinização das abelhas; inclusive áreas agrícolas

Deskbee, plataforma de gestão do workplace líder no segmento no Brasil, acaba de se tornar uma Empresa Amiga das Abelhas por meio de uma parceria com a ONG Bee or not to Be: criada em 2017, a organização surgiu a partir de uma campanha internacional de mesmo nome lançada em 2013, e procura chamar atenção para a questão da preservação das abelhas – um tema ainda pouco falado no Brasil. “O grande público normalmente associa duas ideias às abelhas: é um bichinho que pica, e que faz mel”, brinca Daniel Gonçalves, vice-presidente da Bee or not to Be. “O papel fundamental das abelhas como polinizadores é menos comentado.”

Baseada em Ribeirão Preto (SP), a ONG surgiu a partir do trabalho de Lionel Gonçalves, pesquisador da Universidade de São Paulo (USP), e tem a educação ambiental como uma de suas principais áreas de atuação: desde 2017, a organização desenvolveu e distribui em escolas municipais de educação fundamental um material didático multidisciplinar, com versões em inglês e espanhol, que chama atenção para a questão das abelhas. A instituição também procura alertar a população e os órgãos governamentais competentes a respeito da morte massiva dos insetos.

“Sabemos que cerca de 85% de todas as áreas verdes dependem da atividade de polinização de abelhas, e que cerca de 70% de todas as culturas agrícolas dependem, em algum nível, da atividade de polinização”, explica Daniel. “Um terço de tudo o que chega à nossa mesa foi polinizado pelas abelhas. Áreas agrícolas com alto número de polinizadores têm um incremento na produtividade, e também na qualidade: você consegue produzir mais frutos, por exemplo, e também frutos maiores. Vivemos em um país agrícola, e estamos atualmente enfrentando um declínio no número de polinizadores. O próprio número de colmeias tem diminuído. E as abelhas são bioindicadores da qualidade do ambiente: quando temos problemas com as abelhas, é porque algo no meio ambiente não vai bem.”

A Bee or not to Be lançou também o aplicativo Bee Alert – atualmente em atualização -, que permite registrar ocorrências de mortes massivas de abelhas: as quase 400 denúncias coletadas deram origem a uma tese de doutorado. No Dia Mundial das Abelhas, em 20 de maio, a ONG estreou a campanha Deixe a Abelha Voar, em que reuniu empresas para discutir como proteger os insetos no momento de realizar a pulverização aérea de químicos em plantações. Para chamar atenção para a campanha, um avião agrícola foi envelopado no formato de uma abelha.

Empresa Amiga das Abelhas

Flahane Roza, Head de Marketing da Deskbee, diz que a empresa tem mais em comum com a Bee or not to Be do que apenas o “bee” no nome. “Um dos pilares da Deskbee enquanto ferramenta é a questão da redução da pegada de carbono”, ela explica. Voltada à gestão do trabalho híbrido, a plataforma permite às companhias reduzir sua pegada de carbono ao evitar deslocamentos diários desnecessários entre o escritório e as casas dos colaboradores.

“Já como uma companhia inserida no contexto atual, acreditamos que não podemos deixar de nos preocupar com temas ambientais. Essas duas questões norteiam muitas de nossas ações”, prossegue Flahane. “Estamos sempre atentos e pesquisando outras maneiras de contribuir para essa causa tão latente. Por exemplo, no início deste ano, participamos, junto do nosso cliente iFood, de uma ação de plantio de árvores com a ONG SOS Mata Atlântica, doando 16 mil mudas. Esse tipo de preocupação está sempre em nosso radar.”

A parceria entre as instituições acontece por meio do programa Empresa Amiga das Abelhas, desenvolvido pela Bee or not to Be com o intuito de receber suporte na conscientização a respeito do tema. “Além do patrocínio anual proporcionado à ONG, pretendemos ser bastante atuantes na discussão da causa”, afirma Flahane. “Contamos com uma base de mais de 300 mil usuários, distribuídos em nossos quase 400 clientes. Podemos fomentar a conscientização sobre a importância de projetos como o da Bee or not to Be perante esse público amplo e inspirar outras empresas a abraçar essa ideia.”

Atualmente, a Bee or not to Be está desenvolvendo também o projeto Cidade Amiga das Abelhas, que amplia o conceito para os centros urbanos do Brasil. “Não precisamos das abelhas só no campo, mas nas cidades também”, destaca Daniel Gonçalves. “Queremos fazer com que as cidades elejam as abelhas como insetos sociais a serem protegidos, inclusive por meio de políticas oficiais e públicas: ter cuidado para retirar colmeias antes de podar árvores, por exemplo; fazer o resgate de colmeias em residências – em vez de queimá-las, como frequentemente acontece -; plantar flores e árvores melíferas; e assim por diante. Por isso é tão importante desenvolvermos trabalhos relacionados à divulgação do tema, e contarmos com empresas parceiras nesse processo: nós só nos importamos e protegemos aquilo que de fato conhecemos”, ele finaliza.

Foto – Pixabay
0Shares

Trajano Xavier

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *